Durante uma visita para acompanhar o funcionamento da Maternidade Santa Mônica, o governador Renan Filho (PMDB) classificou como “injustas” as declarações do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) sobre as falhas encontradas na unidade durante uma vistoria. Um relatório, elaborado por membros do Cremal, aponta que a maternidade oferece risco de infecção hospitalar para as pacientes e bebês.

Ao CadaMinuto, Renan Filho esclareceu que a transferência dos equipamentos para unidade no bairro do Poço foi uma medida pensada, consensual e técnica entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Ministério Público Estadual (MPE/AL) e a direção da Santa Mônica. 

Ele reforçou a importância da Santa Mônica no atendimento a pacientes com gravidez de alto risco. “A Santa Mônica tem condições de receber as pacientes e realizar os procedimentos”, acrescentou o governador.  Em entrevista a TV Gazeta, o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, afirmou que a comissão do Conselho encontrou a unidade sem condições de funcionamento e de receber os pacientes devido a falta de equipamento e ao movimento da obra.

A direção da Maternidade Santa Mônica informou que somente irá se pronunciar quando receber o relatório do Cremal. “Vamos cobrar mais celeridade da construtora para concluir essa parte que ainda está em obras e também cobra da Caixa Econômica a liberação dos recursos”, afirmou Renan Filho.

Antes de entrar na unidade, o governador disse à imprensa que não concorda com a atitude de gestores em entregar a população obras inacabadas. Ele afirmou que esse será um compromisso de seu governo com a população. 

Representando o Ministério Público, o promotor Ubirajara Ramos relatou à imprensa que ainda pretende realizar outra inspeção na maternidade para ter a possibilidade de conversar com as gestantes, funcionários e analisar com calma o funcionamento. Segundo ele, os médicos já confirmaram as condições de atendimento na unidade, no entanto, um parecer do MP somente será divulgado após essa segunda visita.

Ao concluir a visita, o governador voltou a afirmar sobre a cobrança no término da obra. “O ideal seria se a maternidade já estivesse pronta, mas com o funcionamento as gestantes já terão um melhor atendimento com a estrutura que temos aqui. Vou me dedicar a essa conclusão e me reunir com a construtora para dar mais celeridade”, disse Renan Filho.