Representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas, visitaram a maternidade Denilma Bulhões administrada pela prefeitura de Maceió, localizada no Benedito Bentes I, e constataram as irregularidades denunciadas por profissionais da saúde que trabalham naquela unidade hospitalar. De acordo com o Diretor do SINEAL, Rildo Bezerra, não há condições de trabalho para as enfermeiras e para técnicos de enfermagem, em consequência da poeira, dos equipamentos guardados nas salas, por causa da reforma que está em curso no Posto de Saúde Hamilton Falcão.
“Constatamos que no mesmo espaço, funciona a sala de descanso dos técnicos, a cozinha, banheiro. Vimos ainda utensílios da cozinha, pelo chão. Ou seja não há condições de trabalho para os profissionais e queremos uma solução o mais rápido possível”, declarou Rildo Bezerra diante do quadro apresentado. Além da falta de condições operacionais, o sindicato cobra também da prefeitura de Maceió, o pagamento do adicional noturno já trabalhado e que não foram pagos, desde abril de 2013. Os representantes do sindicato também constataram técnicos de enfermagem assumindo funções de enfermeiro.
“Não há como trabalhar desse jeito, é um absurdo que esse tipo de irregularidade esteja acontecendo com os profissionais da maternidade Denilma Bulhões. Já são quase dois anos, sem que o pagamento seja efetuado, o trabalhador vem sendo prejudicado e nenhuma solução foi dada até agora para quitar esses direitos”, ressalta Rildo Bezerra.
A reforma no posto de saúde se arrasta há meses e até agora, não há uma data para o término do serviço. “Pelo que vimos, enfatiza o assessor jurídico do SINEAL, Neilton Queiroz, há a necessidade de uma solução urgente para os problemas apresentados aqui e vamos avaliar juridicamente como resolver todos eles. Já existem processos do SINEAL na Secretaria Municipal de Saúde exigindo a resolução dessas pendências trabalhistas.”
Segundo o Diretor Técnico da maternidade, Rogério Capela Afonso, os problemas existem, mas o município está buscando a solução. “Antes não havia controle sobre o pagamento do adicional noturno, agora só formalizamos o pagamento com a comprovação do trabalho efetivamente executado”, explicou ele aos representantes do SINEAL. Regério Capela reconhece que as condições de trabalho não são adequadas, mas que depende do término da reforma Posto de Saúde Hamilton Falcão para dar condições de trabalho aos profissionais.
Atualmente por falta de condições, a maternidade Denilma Bulhões não está fazendo parto. As gestantes que procuram a unidade ou são encaminhadas para outras maternidades dependendo do estágio da gestação, ou são atendidas e levadas de volta para casa. O corpo técnico é formado por sete enfermeiras, técnicas de enfermagem, motoristas, higienizadores e recepcionistas. Ao final da reunião foi definido que o Sindicato irá agenda uma reunião entre a entidade e a Secretária Municipal de Saúde, Silvana Medeiros para discutir uma solução para os problemas detectados na maternidade Denilma Bulhões.