Numa votação por unanimidade, a Câmara Municipal de Joaquim Gomes decidiu pela cassação de oito vereadores acusados de receber propina para apoiar o ex-prefeito Antônio de Araújo Barros, o Toinho Batista (PSDB). Eles denunciados pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE).
A decisão aconteceu durante a sessão ordinária desta quarta-feira (14), no Legislativo Municipal. Os atuais parlamentares (suplentes que assumiram após o afastamento dos denunciados) apresentaram o relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) e decidiram pela cassação dos envolvidos no suposto esquema criminoso.
A sessão foi marcada por um grande público que compareceu ao plenário Vereador Luiz Aguiar Pessoa. Com base no voto da CEI, por unanimidade, foram julgados pela cassação e de forma definitiva os vereadores Edivan Antônio da Silva (PPS), Antônio Gonzaga Filho (PSL), Edvaldo Alexandre da Silva Leite (PPS), Cícero Almeida Lira (PPS), Adriano Barros da Silva (PRP), Antônio Márcio Gerônimo da Silva (PR), Antônio Emanuel de Albuquerque de Moraes Filho (PR), e Tereza Cristina Oliveira de Almeida (PSDB).
A sessão contou com dez dos onze vereadores, já que o parlamentar do PSL, Dionizio Bonifácio, o ‘Nino da Pimenta’ não compareceu a sessão. O presidente da Câmara abriu os trabalhos e logo o secretário fez a leitura do parecer final da Comissão Especial de Inquérito, quando logo concluiu o voto desfavorável aos afastados, e pediu pela cassação de seus mandatos.
Antes de abrir a votação, os advogados de defesa dos oito vereadores afastados tentaram argumentar para impedir a cassação dos parlamentares denunciados por corrupção. Segundo Cristiano Barbosa, a defesa vai aguardar a aprovação da ata, que só será votada na próxima sessão, para recorrer à justiça, pedindo a anulação do ato que cassou os vereadores por Joaquim Gomes.
No dia 07 de janeiro, o prefeito de Joaquim Gomes, Toinho Batista (PSDB), teve seu mandato cassado por improbidade administrativa. A decisão foi tomada pelos vereadores que integram a Câmara Legislativa do município, durante sessão ordinária que avaliou o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI).
A CEI foi criada em 29 de outubro de 2014 para apurar denúncias contra o prefeito afastado desde abril do mesmo ano. O relatório final apontou pelo menos três infrações cometidas por Toninho Batista. Entre elas, falsificação de notas fiscais. A acusação se envolve também a participação de secretários.
Em outubro do ano passado, a 17ª Vara Criminal da Capital afastou dos cargos os oito vereadores, a pedido do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL).









