Torturador foi secretario em Alagoas

10/12/2014 17:11 - Geraldo de Majella
Por redação

 

A Comissão Nacional da Verdade entregou o relatório final à presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (10) em cerimônia no Palácio do Planalto, o documento trata dos  crimes e violações de direitos humanos que ocorreram no período entre 1946 a 1988. A cerimônia aconteceu no Dia Mundial dos Direitos Humanos.  

A comissão sistematizou uma relação de agentes públicos responsáveis pela repressão, são 377 nomes de militares e civis de várias patentes obedecendo ao critério da cadeia de comando incluído os ex-presidentes da República os generais, ministros e comandantes de áreas.

A comissão apresentou uma relação com 434 nomes de mortos e desaparecidos políticos. Onde constam 210 desparecidos, 191 mortos e mais 33 corpos que localizados e não constavam das relações anteriores.

A ditadura atingiu a representação dos trabalhadores ao intervir em 536 sindicatos.

A ditadura prendeu, torturou, baniu e assassinou militares, a comissão apresentou uma relação com 6.591 militares perseguidos. Os números são espantosos: 3.340 da Aeronáutica, 2.214 da Marinha, 800 do Exército e 237 policiais militares.

Dois entres os 377 torturadores em momentos distintos estiveram em Alagoas e ocuparam postos importantes, o coronel Francisco Demiurgo Santos Cardoso, relacionado entre os envolvido diretamente no desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva e de outros presos políticos. Foi comandante do 20º Batalhão de Caçadores (20 BC), é falecido.

E o general Edson Sá Rocha, ex-secretário de Defesa Social no governo Teotônio Vilela Filho. Sá Rocha planejou o atentado à bomba do Riocentro, em 1981. No dia 1º de maio, quando explodiu uma bomba no colo de um dos militares, incidente que frustrou a ação planejada pelo general e outros militar da linha dura.

 

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