O deputado provincial Tomaz Espíndola, redigiu e aparentou na sessão do dia 26 de maio de 1865, da Assembleia Legislativa Provincial o projeto de criação da Biblioteca Pública, numa tramitação célere o projeto em menos de um mês, no dia 10 de junho, é aprovado e dezesseis dias depois, no dia 26, o presidente da Província, desembargador Joao Batista Gonçalves Campos, torna o ato através da Resolução n.453.
O artigo 1º da Resolução anuncia: “ Fica criada no Lyceu desta capital uma Biblioteca Pública, a qual se comporá dos livros existentes no atual Gabinete do referido Lyceu pertencentes à Província e dos que forem sendo comprados pela presidência por autorização da Assembleia Legislativa Provincial”.
O prédio onde passou a funcionar a biblioteca foi construído por José Antonio de Mendonça, o Barão de Jaraguá, mas só na década de 1940 é que a edificação passou a ser chamada de Palacete Barão de Jaraguá.
A Biblioteca Pública iniciou as suas atividades com o acervo bibliográfico de 2.072 obras escritas em várias línguas, como latim, francês, italiano, inglês, alemão, espanhol, árabe, grego, além de português, o que perfazendo 2.622 volumes e mais 547 folhetos e 1.366 estampas de botânica.
Passados 149 anos a Biblioteca Pública Estadual recebeu o nome de Graciliano Ramos, através do Decreto nº 29.175 de 2013.
A Biblioteca Graciliano Ramos após a restauração foi ampliada e passou a ocupar todo o antigo Palacete, antes dividia com o Arquivo Público. Acessibilidade é um dos principais itens da reforma, o prédio secular passou a contar com um elevador e computadores e áreas destinadas as pessoas com deficiências e espaços para crianças.
Os usuários terão a disposição 95 mil volumes, acervo de obras raras. “Espaço exclusivo, dotado de protótipo de uma Biblioteca Modelo, para o atendimento voltado às Bibliotecas Públicas Municipais de Alagoas. Além do acervo literário, a Biblioteca dispõe de um acervo de obras de arte, em exposição permanente, e ainda o Memorial Graciliano Ramos um espaço dedicado à vida e obra do escritor alagoano aberto a visitação pública”.
A Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos ficou bem mais atrativa para os usuários que já a conhecia e será certamente uma surpreendente novidade para os jovens e as crianças que não conhecem.
Visitar a biblioteca será um grande programa e a partir daí o antigo Palacete do Barão de Jaraguá será reincorporado a vida afetiva dos alagoanos.
Finalizo, parabenizando o Secretario de Estado de Cultura Osvaldo Viegas e a diretora da biblioteca, a bibliotecária Maria Luiza Russo pelo grande obra entregue a cidade de Maceió e ao povo alagoano.
Fonte: Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos. In Sant’Ana, Moacir Medeiros, Pequena História da Biblioteca Pública Estadual, Maceió, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2014, p. 67.