Assim é com Rui Palmeira, será com Renan Filho, assim como é e também será com Dilma Rousseff. O parlamento exige um pedaço grande do poder. Seja através do aumento do duodécimo, indicação em cargos comissionados, orçamento impositivo e, nos finalmente, tudo  significa dinheiro.

Rui não quer aumentar o duodécimo da Câmara, argumentando que houve queda de arrecadação e a previsão é um 2015 apertado em termos de arrecadação de impostos e repasses federais.  

Na Assembleia os deputados atuais e futuros querem crescer o orçamento em mais R$ 15 milhões. Além do mais, já se articulam para a eleição da próxima Mesa Diretora. Correm para fechar acordos antes do governador eleito. Juntos e unidos em grupos ficam mais fortes para exigir tudo, literalmente, o que significa “estrutura”, cargos, secretarias.

Em Brasília a base aliada dividida, especialmente do PMDB, prepara uma revolta na disputa pela eleição da Mesa. O objetivo é emparedar o governo. Na verdade o objetivo é controlar o Legislativo por conta das investigações na Petrobras. Neutralizar politicamente a governante é a estratégia para que as investigações não sejam facilitadas e levadas adiantes com tanto rigor.

O fato – como já escrevi em outras postagens – é que discutimos e nos envolvemos nas eleições para prefeito, governador e senador. Contudo, damos pouca ou quase nenhuma importância aos vereadores, deputados estaduais e federais que elegemos.

Por isso, em muitos casos, colocamos no poder legislativo, principalmente, verdadeiros criminosos, larápios e salafrários que agem e lutam apenas pelos seus objetivos específicos: dinheiro e poder.

Consequentemente, de nada adianta acreditarmos que a realidade vai ser alterada com reforma política, fim da reeleição, financiamento público de campanha, voto distrital, lista fechada, parlamentarismo ou monarquia, enfim, todas as mágicas e suas “solucionáticas” –como poderia dizer Marina Silva.

A questão para transformar o nível de entendimento da realidade política passa efetivamente pela educação como transformação da consciência e da sociedade. Caso contrário, ficaremos dando voltas e mudando regras para atender insatisfações momentâneas sem que consigamos amadurecer enquanto nação.

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