Reforma política, frente de esquerda e os nanicos

03/11/2014 07:53 - Voney Malta
Por Voney Malta

Alguns temas estão nas mesas do atual Congresso Nacional e dos deputados e senadores que assumem em 2015. O fim das coligações nas eleições que vem sendo debatido na Reforma Política, só pra termos ideia, cinco dos 28 partidos que dividem as 513 cadeiras seriam excluídos de primeira.

Outra estratégia para diminuir é a cláusula de barreira, utilizado na democracia alemã. Ou seja, partidos que não conquistassem 5% dos votos válidos em nove estados perderiam as suas cadeiras. E ao que parece os políticos brasileiros tendem a seguir essa linha. Nenhuma nação tem 28 partidos com assento no parlamento. Tal realidade brasileira dificulta entendimentos, fraciona e enfraquece todos os envolvidos no processo político.

Por isso muitos partidos pequenos, ou aqueles que saíram enfraquecidos do último pleito, já discutem fusões e eleição das futuras Mesas na Câmara e no Senado. Tudo junto e misturado numa panela só.

E nessa panela já está em discussão a criação de uma frente de esquerda para dar sustentação ao segundo mandato da presidenta Dilma. Articulação feita pelo governador do Ceará, Cid Gomes (Pros) mostra uma ação contra os rebelados do PMDB. Objetivo do governador é juntar Pros, PDT, e dilmistas do PSB e de outros partidos em um só grupo, talvez em um único partido. Mas é também uma reação aos insurgentes do PMDB.

Especialmente ao deputado federal do PMDB fluminense, Eduardo Cunha. Ele quer romper o acordo entre PMDB e PT que se revezam no comando da Câmara. E já acertou um encontro com os líderes de pequenos partidos.

O presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República reeleito, Michel Temer, está reagindo. Agendou uma reunião para esta quarta-feira (5) entre governadores e parlamentares eleitos com o conselho político.

Nunca a costura política foi tão importante para que um governo possa exercer o papel autorizado pelas urnas. É certo que jóias da coroa terão que ser entregues. Entretanto, é preciso que seja feita uma série de reformas. Caso contrário, O PT terá dificuldades para governar e para ser compreendido pelo eleitor.

O desejo de mudanças é imenso, contudo o povo não elegeu um novo e melhorado Congresso. Só que o povo vai cobrar, e muito.

E tudo é política, sempre.

 

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