Os novos ministros de Dilma e a pólvora espalhada

28/10/2014 08:32 - Voney Malta
Por Voney Malta

Os petistas mais bem informados cravam que haverá uma grande mudança no perfil dos ministros do novo governo da presidente Dilma Rousseff. Do núcleo político do partido as apostas apontam três nomes cotados e com muito destaque: Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Miguel Rossetto. 

Outros nomes citados como fundamentais no pleito foram os irmãos Ciro e Cid Gomes, no Ceará, e Gilberto Kassab (PSD), em São Paulo.

Vitoriosa com uma diferença miúda de 3,2% dos votos, a partir de 2015 parece que a presidente eleita pretende delegar mais, dialogar mais e decidir ouvindo mais de acordo com o perfil dos seus ministros e auxiliares escolhidos.

Ela também estará livre da sombra do ex-presidente Lula e o “volta, Lula”, uma vez que não mais será candidata. Como o presidente do PT, Rui Falcão, anunciou que o ex-presidente deverá concorrer em 2018, isso não implica em nenhum problema para a atual presidente.

Pelo contrário, como já disse, Dilma não poderá ser candidata. Por isso a estratégia do presidente do PT é avisar aos futuros ministros políticos que Lula é o primeiro da fila, portanto, de nada adianta usar o cargo para se posicionar como sucessor.

Mas antes de tudo isso terá que haver o fechamento de feridas criadas com os partidos da própria base na disputa eleitoral nos estados. Várias votações importantes precisam ocorrer no Congresso. E as feridas abertas atingiram, por exemplo, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), derrotado no Rio Grande do Norte com a participação de Lula e Eunício Oliveira, no Ceará, contra um petista.

Ao mesmo tempo o governo terá que pensar na formação do futuro governo, participação dos aliados em cargos, enfim, a construção de uma coalizão dentro do Congresso Nacional. São dois momentos como se fosse apenas um, mas numa sequência de definições políticas que vão impactar agora e no futuro.

Sem falar que ainda haverá eleição, em 2015, para os cargos de comando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. E depois das eleições, há muita pólvora espalhada entre situação e oposição, mas principalmente dentro dos partidos da base aliada.

 

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