Quem assistiu ao debate no SBT ontem (16) e acompanhou o da última terça-feira na Band (14) viu mais do mesmo com relação aos temas já fartamente explorados pelos dois candidatos. Houve repetição dos temas, com o agravante do aumento de agressividade entre Dilma Rousseff e Aécio Neves.

Se gostei do primeiro debate – talvez por ser o primeiro do 2º turno -, desgostei do segundo. Sinto falta de aprofundamento das discussões sobre outros temas como agronegócio, meio-ambiente, escoamento de produção agrícola, política externa, Mercosul, entre outros.

De qualquer forma, neste domingo (19), no debate da TV Record, Dilma e Aécio estarão pela penúltima vez neste pleito frente a frente. Espero que dessa vez a discussão também traga novas questões. Mas com outro nível.

Considero desproporcional um candidato chamar o outro de leviano e mentiroso. Embora haja igualdade entre os sexos, parece desproporcional, mal-educado e deselegante quando parte de um candidato para um presidente da República mulher.

De qualquer forma, os dois candidatos têm muito que debater sobre o mar de lama que os cerca. No caso da Petrobras as denúncias crescem atingindo praticamente todos os partidos. Depois de ter surgido, ontem (16), a informação de que o senador eleito pelo PSB de Pernambuco, Fernando Bezerra, levantou R$ 20 milhões para a reeleição de Eduardo Campos, em 2010, hoje tem outra bomba.

A Folha desta sexta-feira (17) tem como manchete o envolvimento do PSDB no mesmo esquema. O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, que fez acordo de delação premiada e comandava o esquema, afirmou ter pago propina a Sérgio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB. Objetivo era esvaziar uma CPI criada para investigar a Petrobras em 2009.

O envolvimento do PSDB, de um alto membro do partido falecido recentemente, reforça a defesa da presidente que tem dito que o seu governo investiga e pune, ao contrário dos tucanos. A Aécio vai caber pedir investigação e culpar o governo Dilma pela facilidade com que são montados esquemas de corrupção na Petrobras.

Mesmo assim, o envolvimento de um tucano é um banho de água fria na estratégia da oposição.

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