Desgastado do ponto de vista político e com altíssimos índices de rejeição, o governador Vilela sabe que não fez o dever de casa de forma que beneficiasse os alagoanos. Saúde, educação e segurança, especialmente, foram áreas desastrosas.

Desistiu de ser candidato por temer se expor, por temer ir pro embate. Com medo, escalou gente do PSDB pra representá-lo na disputa majoritária. No fim, entregou o governo sem disputa. Deu de bandeja sem choro nem vela.

Sonha em voltar daqui a quatro anos. Até lá, com outro governante no poder pode ser que esse se desgaste e que de alguma forma Vilela seja lembrado. Quem sabe até haja comparação entre estilos de governança.

Porém, depois que o chefe dos tucanos no estado ajudou a definir – ao ficar neutro - a eleição em Alagoas no 1º turno, despertou para uma oportunidade que só a política oferece: Aécio Neves no 2º turno. E, ao perceber essa possibilidade se engajou na campanha.

É que caso o tucano mineiro seja eleito presidente, o tucano alagoano fica fortalecido pelas boas relações que mantém com a cúpula do partido. Por isso foi pras ruas no último final de semana para participação de uma adesivagem de carros.

Então, o eleitor tem que saber que se Aécio for eleito presidente o governador Vilela será o maior beneficiado em Alagoas. Ou seja, quem votar no mineiro estará votando no governador.

E ele fará questão de divulgar isso, pois vai puxar para si o resultado dessa votação, caso seja maior do que a do 1º turno.

Dessa forma reconquista o prestigio político abalado com os companheiros de partido. Daí pode pegar um ministério ou fazer indicações, fica fortalecido e depois disputa uma das duas vagas ao Senado em 2018.

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