Eis que no finalzinho da campanha, no apagar das luzes do primeiro turno, o governador Vilela aparece no guia eleitoral do seu candidato, Júlio Cezar. Deve ter sido um sacrifício enorme ter que se deslocar para gravar depoimentos em favor do candidato. Mas tinha que fazer, né?

Afinal de contas, até que Júlio Cezar, como bom comunicador, tem feito o seu papel direitinho ao defender o atual governo. Ganhou em troca visibilidade e, a partir disso, o direito de sonhar em ser candidato a prefeito de Palmeira dos Índios, onde é vereador.

Agora, que não me desculpem o governador, o candidato e o leitor, mas esse negócio de que Júlio Cezar é o melhor candidato - dito por Vilela no guia de ontem (24) - conforme publicado no blog do companheiro Davi Soares, porque é filho de uma mãe verdureira e um pai vendedor de cachorro-quente e por isso entende o que o povo precisa, é uma inverdade, uma falácia.

Júlio foi escolhido porque só ele viu vantagem em ser um “laranja” defensor da atual gestão, após desistência de Eduardo Tavares e tantos convidados que não toparam, caso, por exemplo, do deputado estadual Gilvan Barros. Ou seja, Júlio mira no futuro e está certo.

Porém, corre o risco de ter esse futuro contaminado pela rejeição do governador, acima de 50%. Afinal de contas, ser apenas filho daquele ou daquela não significa credencial de qualidade. Porque são tantos filhos de gente humilde na política que não valem nada, certo?

Do que o povo precisa o governador sabe que fez muito pouco por eles na saúde, segurança e na educação. Por isso optou por não ser candidato. Por isso despachou os aliados do governo e escolheu um candidato sem chance de vitória para ajudar o velho e querido amigo do PMDB.

Quem?

Ora, o senador Renan.

Ou não?

Bom, pra encerrar, Vilela com sua rejeição também pode ter aparecido no guia do seu candidato para impedir qualquer chance de crescimento. Nada deve atrapalhar a grande possibilidade de decisão desta eleição no primeiro turno.

e mai – vfamalta@ig.com.br

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