Desânimo e baixaria na propaganda eleitoral

18/09/2014 07:57 - Voney Malta
Por Voney Malta

Como telespectador e profissional de comunicação venho sentindo que a propaganda eleitoral na TV e no rádio descambou para a baixaria. Como era um sentimento individual consultei 10 amigos. O pensamento foi um só sobre os principais candidatos, inclusive os laranjas.

Estão todos repetitivos nas agressões e num humor sem graça, sem criatividade. Como se fosse uma receita usada, reutilizada, feita e refeita. Se alguém ainda deixa o televisor ligado não é pra ver desaforo, é pra não perder o início da novela, de um telejornal ou o futebol.

Justiça seja feita, contamos nos dedos de uma mão os poucos candidatos que não estão seguindo o caminho da baixaria. O senador Fernando Collor (PTB) é um exemplo. Não agride, presta contas do passado, presente e projeta o futuro.

Outro detalhe sobre eleição: pobre da Praça Centenário, no Farol. Os cavaletes colocados por candidatos proporcionais e majoritários transformou o local em um mercado sujo, poluído, uma esculhambação. A distância entre eles é de apenas um palmo, se não for menos. O TRE precisa olhar isso.

Bom, o clima de baixaria dos candidatos parece ter atingido os contratados por eles para ficar segurando bandeiras na orla. Uma falta de vontade, uma cara de tristeza. Inexiste, na verdade, interação entre essas pessoas e os candidatos. Esse clima também é passado para o eleitor.

 Aliás, considero esse tipo de propaganda – pessoas contratadas para trabalhar no sol ou na chuva segurando bandeiras – ultrapassado.

E se quem é pago para trabalhar não demonstra empolgação, imagina como está a empolgação de quem liga a TV e não vê propostas, só baixarias?

 

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