Uma tragédia que sangra cada um de nós

17/09/2014 07:26 - Voney Malta
Por Voney Malta

Quando a gente lê a notícia e vê algumas fotos do local parece que estamos assistindo a um filme de terror, um filme de suspense estilo Alfred Hitchock. Um irmão aparentemente tem um surto, ataca com uma faca e mata as duas irmãs. Depois se mata.

Fala-se que o jovem tinha bipolaridade, ou seja, alternava momentos de euforia com tristeza profunda. É sabido que o não tratamento pode causar o avanço do distúrbio. Daí para ocorrer o inimaginável – isso para quem não é especialista – é como um percurso a ser seguido.

Há um choque e uma comoção em toda a sociedade. Não que não mereçam o mesmo sentimento as dezenas de jovens mortos todos os dias em Alagoas por omissão do governo tucano. Mas há uma diferença.

O fato de ser um caso único, com personagens que são jovens recém saídos da adolescência, pais separados, uma mãe que chega do trabalho e encontra uma cena terrível, dantesca, nos faz sangrar também, morrer um pouco.

Quem é pai ou mãe dá apenas pra imaginar o sentimento que afeta os pais dos garotos, a dor que sentem. Porque é impossível conseguir explicar com palavras o tamanho de tão terrível sofrimento.

Hoje eu pensei mais fortemente nos meus pais, parentes e filhos. Vontade é grande de beijá-los, ser protegido e protegê-los. Desejo é grande de poder afastar todos os males que possam afetá-los. Mas não é possível. Assim como também não é possível impedir a morte.

Mas que seja ela como deve ser, na justa velhice e depois que os avôs e pais se forem. Nunca antes, pois são dor e buraco no peito que nunca têm cura.

 De qualquer forma, toda morte é uma triste transformação para quem perde alguém.

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