Acredito que ninguém mais duvida que o governador Vilela tem os seus candidatos a governador e a senador. Só que esses candidatos não estão e não são do PSDB. Ao abortar que um dos seus mais próximos aliados fosse candidato, fez uma escolha por uma candidatura.

Não se interessou por Nonô, Fireman e Luiz Otávio. Tampouco o senador Biu de Lira. Neste caso, se não ajuda, atrapalha ao não disponibilizar a estrutura e a força da máquina. Por isso ele tem candidato e pode ser um apoio branco, na baixa, bem por debaixo dos panos.

Ao escolher Eduardo Tavares e tentar Tereza Collor, queria criar uma crise familiar. Não deu certo. Ambos perceberam que estavam e seriam usados e também descobriram que não seriam dadas a eles estrutura, o que significa viabilidade política.

Fala sério, governador, mas ter como candidato ao governo Júlio Cezar e como vice o vice-prefeito de Viçosa, Manoel dos Passos Vilela, o Vô, é uma ação pensada – nada de inação - para ajudar.

O respeitável Eduardo Magalhães, candidato a senador e histórico do PSDB, pulou fora, desistiu da candidatura. É um intelectual conceituado que não vai admitir publicamente, mas o que está sendo feito com o partido é caso pensado e por uma só pessoa.

Se Vilela não viabilizou nenhuma candidatura, deduzo, faz isso para beneficiar alguém. No caso de governador suas ações ajudam Renan Filho. Difícil, muito difícil, crer que nada seja de caso pensado.

E pro Senado Federal? Bom, Collor dá pra descartar. O senador demarcou território de oposição com duras críticas na saúde, educação e segurança. E isso já há bastante tempo.

Sem candidato ao Senado, por enquanto, na baixa, por debaixo dos panos, o apoio de Vilela seria pra quem?

Restam, com alguma viabilidade, Heloísa e Omar. Se observarmos, se lembrarmos, nenhum dos dois demarcou território de oposição e de críticas ao governo Vilela.

Portanto, posso deduzir.

Sim, é possível.

Será?

E você, caro leitor, o que acha?

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