Estrela de Alagoas- finalmente o que é crime eleitoral?

Prefeito Arlindo Garrote (PP) permanece no poder. Pelo menos é o que entenderam cinco membros da Corte do TRE/AL, que na tarde desta segunda-feira, concluíram um polêmico julgamento, que resultou num folgado placar de 5 x 2  favorável ao prefeito. Em dezembro último, Garrote por motivo de crime eleitoral, teria sido cassado e perdido seus direitos políticos, por oito anos, assim como seu vice, José Teixeira, por um desfecho dado pela juíza Izabeli Coutinho, da 10ª Zona Eleitoral (Palmeira dos Índios) depois de uma ampla apuração, inclusive com dados da Polícia Federal, que comprovavam o crime cometido na véspera do dia da eleição de 2012.   

Estrela de Alagoas- prova do crime

Além da severa punição, a juíza Izabeli Coutinho também aplicou uma multa superior a 27 mil reais no candidato Arlindo Garrote. Segundo a decisão da doutora Izabeli, na véspera da eleição, de 2012, policiais federais que cumpriam mandado de busca e apreensão encontraram em carros conduzidos por Arlindo Garrote e por Aldo Lira a quantia de R$ 1.690,00. Foram encontrados, ainda, extratos bancários com referência a dezenas de cheques compensados e inúmeros santinhos dos acusados.

Estrela de Alagoas – conteúdo

“O que se põe nesse caderno processual é uma forte e organizada estrutura de abuso de poder econômico, idealizado e colocado em execução pelo então candidato a prefeito, Arlindo Garrote, acompanhado de sua genitora ou de cabos eleitorais”, evidenciou a juíza Isabelle Coutinho em sua sentença. A juíza eleitoral ressaltou, ainda, que houve, “para fins de caracterização do abuso do poder econômico, potencialidade lesiva, porque votos foram comprados, influenciando-se o pleito, que influenciou a vontade popular e alterou o resultado das eleições, avaliando-se, especificamente, a diferença de votos verificados entre os candidatos que foi de apenas 254 votos para a candidata Geralda Ferro”.

Estrela – “anjo da guarda”

Os aliados de Arlindo Garrote estão encarando o desembargador eleitoral do TRE/AL, Alexandre Lenine como o salvador da pátria, ou melhor, o “anjo da guarda”.  É que exatamente uma semana  do afastamento do prefeito, ele por uma  decisão monocrática, decidiu devolver o cargo; oportunidade em que a Prefeitura já estava sendo administrada por Geralda Ferro, entre os dias 4 e 11 de dezembro de 2013.

Estrela- e que justificativa  

 “O afastamento do prefeito e do vice-prefeito eleitos pela vontade popular acarreta prejuízo irreparável ante a interrupção do exercício do cargo, com contornos extremamente prejudiciais ao cotidiano administrativo, podendo, inclusive, comprometer ações inicialmente desenvolvidas, razão pela qual se deve privilegiar  candidato eleito no sufrágio em detrimento àquele que venha a assumir em caráter provisório”, explicou na ocasião Alexandre Lenine, num argumento que assegurou o retorno de Garrote, mas que irritou o grupo de opositores, que contesta  o quanto a Justiça (em parte) é  tendenciosa e falha nesse país!  A candidata Geralda Ferro promete  recorrer do caso agora em Brasília