Dilma, Marina e Aécio. Pesquisa estará contaminada pela emoção?

18/08/2014 06:40 - Voney Malta
Por Voney Malta

Nem bem a família e os amigos íntimos do presidenciável Eduardo Campos enxugaram as lágrimas, tampouco os aproveitadores anônimos e conhecidos tiveram tempo de curtir a fama momentânea, já tem uma pesquisa pós-Campos pra ser degustada.

Embora feita no clamor da emoção, há pouca, ou quase nenhuma, surpresa. Já se antevia que Marina ultrapassaria o senador Aécio Neves – na pesquisa está dentro da margem de erro -, e provocaria o segundo turno.

E no segundo turno, aí a surpresa, Marina Silva aparece na frente de Dilma, embora também dentro da margem de erro.

Outro fato que chama a atenção é para a diminuição da reprovação do governo Dilma e aumento da aprovação.

A leitura exata desses números só poderá ser feita daqui a alguns dias. É preciso medir o tamanho da influência que a morte do presidenciável provocou.

Um dado que parece separado dessa possível contaminação é o aumento da aprovação e a diminuição da rejeição do governo Dilma. Entretanto, é preciso aguardar um pouco mais.

Leia abaixo reportagem sobre a pesquisa Data Folha:

Datafolha: Marina empata com Dilma no 2° turno

 
SÃO PAULO (Reuters) - A ex-senadora Marina Silva apareceu em empate técnico na corrida presidencial com Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno e com Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, nas duas situações à frente dos adversários dentro da margem de erro, mostrou a primeira pesquisa eleitoral após a trágica morte do candidato Eduardo Campos (PSB).
Segundo o Datafolha, Marina, que deve ser confirmada candidata do PSB à Presidência da República nesta semana, aparece na disputa com 21 por cento das intenções de voto, acima dos 20 por cento de Aécio e atrás de Dilma, com 36 por cento.
Já na simulação de segundo turno, Marina fica numericamente à frente de Dilma, com 47 por cento das intenções de voto contra 43 por cento da presidente que busca a reeleição.
No primeiro turno contra Aécio e no segundo contra Dilma, trata-se de uma situação de empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com o Datafolha, em um segundo turno entre Dilma e Aécio, a presidente venceria por 47 por cento a 39 por cento, o que representa uma vantagem da petista sobre a sondagem anterior em julho, que mostrava 44 por cento a 40 por cento, com empate técnico naquela ocasião dentro da margem de erro.
Os números do Datafolha afastam a hipótese de conclusão da eleição presidencial no primeiro turno, porque Marina tem quase três vezes as intenções de voto de Campos, que aparecia com 8 por cento, com a ex-senadora atraindo eleitores que antes se diziam sem candidato.
O presidenciável do PSB morreu na última quarta-feira, dia 13, em um acidente de avião no litoral de São Paulo. A morte repentina de Campos colocou Marina, sua vice na chapa, como nome natural a assumir a candidatura pelo PSB.
A entrada da ex-senadora na corrida presidencial não tira votos dos dois principais adversários: Dilma aparecia com os mesmos 36 por cento e Aécio com 20 por cento na pesquisa anterior feita pelo Datafolha.
As intenções de voto nulo ou em branco caíram de 13 por cento na pesquisa anterior para 8 por cento, enquanto os indecisos recuaram de 14 por cento para 9 por cento agora, disse o Datafolha.
O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios em 14 e 15 de agosto. Números da pesquisa foram disponibilizados em reportagem no site do jornal Folha de S. Paulo na madrugada desta segunda-feira.


Aprovação ao governo Dilma sobe 6 pontos

 247 – De acordo com pesquisa Datafolha desta segunda-feira, a taxa de aprovação do governo Dilma Rousseff teve alta de seis pontos percentuais no intervalo de um mês. A reprovação diminuiu também seis pontos.
Após a Copa do Mundo, 32% dos eleitores consideravam a administração da presidente petista como boa ou ótima. Agora são 38% - índice mais alto desde abril.
No mesmo período, a porcentagem dos que classificavam o governo como ruim ou péssimo foi de 29% para 23%.
Para 38%, o governo Dilma é regular, o mesmo número apurado no mês passado.
Melhora na avaliação é sentida em todos os segmentos do eleitorado, com exceção dos mais ricos, que representam apenas 4% da amostra e oscilaram um ponto para baixo (de 25% para 24%).
O Norte passou o Nordeste como área de maior aprovação ao governo.

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