Nesta reta final das convenções partidárias, o PROS ainda namora com o PSDB de Eduardo Tavares, mesmo já tendo sido divulgada sua aliança com a Frente de Oposição e da candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB) ao governo. O porta-voz do anúncio da composição foi o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), em dois eventos da Frente de Oposição. Mas não há nada definido.

É o que demonstrou na manhã desta segunda-feira (30) o presidente estadual do PROS, deputado federal Givaldo Carimbão. Mesmo afirmando que está 99% na chapa do PMDB, Carimbão aguarda conversa final com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

“Conversamos muito. Se eu ficar no palanque do Renan, onde vai ter a Dilma, obviamente estaria muito mais confortável do que no palanque do Aécio. Tudo isso é uma construção. Estou conversando com Renan, com o Téo, numa boa. 99% estou com Renan. Mas, como diz o outro, quero sair pela porta da frente, e não pela de trás, com o Téo. Jamais sacanearia com o Téo, que é um homem honrado, sério. Quando decidi prorrogar as convenções do dia 22 para o dia 30, foi em respeito ao Téo, com quem não tinha fechado os entendimentos ainda”, antecipou Carimbão.

O líder do PROS deverá, inclusive, comparecer na convenção do PSDB, na tarde de hoje, no Centro de Convenções de Jaraguá. Diz que quer sair pela porta dos fundos da base tucana. E revela que ainda é possível a permanência na base do governo estadual tucano. Pois assumiu uma estratégia de afastamento da base de Eduardo Tavares para tentar facilitar alianças com o DEM, PSD, PR e Solidariedade.

“Vou ter uma conversa com o Téo agora. Porque é o seguinte, você entende o que estava acontecendo. O Téo, coitado, não se articulou. Moral da história, qual foi a estratégia nossa? Se eu ficasse lá com o Téo, obviamente João Caldas não vinha, ou Maurício [Quintella] não vinha, enfim. Porque, [a aliança com] Pedro Vilela e eu destruiria qualquer conversa com outros partidos. Meu tempo de TV é bem menor do que o do Maurício [PR], o do PSD e do que o de João Caldas. O Téo está articulando ficar com o DEM e com o João Caldas, tentou o Maurício e não teve êxito. Mas não sei como ficou. O desenho era para ficar o PSDB, o DEM e o Solidariedade. Porque, aí, tinha condições de fazer dois deputados federais: o Pedro Vilela e o João [Henrique] Caldas.”, disse Carimbão.

De olho nas jogadas dos partidos

No meio da entrevista, o deputado federal quis saber de notícias sobre como estariam as convenções do DEM e do Solidariedade, que anunciaram aliança com o projeto do senador Benedito de Lira (PP), que disputa o governo.

Carimbão ainda quis saber se o PSD de João Lyra e Dudu Hollanda já teria definido sua aliança. Mesmo esta já tendo sido anunciada com a Frente de Oposição. “O Téo está conversando com o PSD”, revelou Carimbão.

O vice-presidente do PSD, deputado estadual Dudu Hollanda disse não ter conhecimento das conversas de seu partido com o governador tucano.

Atualização

Depois de conversar com Vilela, na tarde desta segunda-feira, Carimbão ligou para o blog e confirmou aliança do PROS com Renan Filho.