O índice de endividamento do maceioense no mês de maio foi maior. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e análise do Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), houve um crescimento de 2% no Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) no mês de maio se comparado ao mês de abril, subindo de 71,2% para 72,6%.

Segundo a pesquisa, o cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores da capital alagoana (85,9%), seguido dos carnês de lojas (10,6%) e financiamento de casa (6,3%). As famílias que ganham mais de dez salários mínimos foram as que mais utilizaram e se endividaram com cartões de crédito, 86% dos pesquisados. Com exceção das dívidas com carnês de lojas, em todas as demais modalidades de endividamento, são as famílias com maior poder aquisitivo que lideram estes índices.

Apesar dos recentes dados, a variação de crescimento em maio com relação a abril foi menor que a verificada entre abril e março (3,3%), demonstrando uma desaceleração no ritmo de endividamento do consumidor. O percentual de consumidores com dívidas atrasadas apresentou novo crescimento, atingindo 23,6% dos entrevistados, uma evolução de 9,8% se comparado ao mês anterior.

Comparando maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o IEC é 8% menor que o registrado em 2013 (72,6% contra 78,5%), continuando abaixo do nível registrado ano passado. Já a taxa de consumidores com dívidas atrasadas é 9% menor em 2014. Na média, 2014 alcançou 21,8%, contra 29,2% verificados em todo ano de 2013.

Por sua vez, a taxa de inadimplência também cresceu em maio. O quinto mês do ano alcançou 5,7% contra 5,4% registrados em abril, portanto uma elevação de 5,6% neste índice. Comparando este mesmo mês no ano passado, o resultado foi bem melhor, atingindo 5,7%, em 2014, contra 6,7%, em 2013. Na média, no ano da Copa no Mundo no Brasil a taxa de inadimplência atinge 5,3%, contra 7,8% registrada em 2013.

Análise

Segundo o Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), os números gerais do endividamento do consumidor da capital alagoana ainda continuam melhores que ano passado. Eles se elevaram em relação a abril em decorrência do Dia das Mães, quando muitos consumidores saem às compras no comércio local e também fazem uso dos serviços como restaurantes. Portanto, os dados não indicam motivos para grandes preocupações por parte tanto dos comerciantes quanto dos consumidores em geral.

Considerando o limite prudencial de 30% da renda que deve ser comprometida com dívidas, na média, a família da capital alagoana conseguiu ficar um pouco acima (32,7%). Em maio, as famílias que mais comprometeram renda com pagamento de dívidas e encargos foram as que ganharam mais de dez salários mínimos (33,8%). A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/.