A construção de lombadas tem dividido os moradores do conjunto João Sampaio I, na parte alta da cidade. O problema é que um grupo de pessoas resolveu por conta própria construir quebra-molas na avenida principal do bairro e por conta da irregularidade, elas têm causados prejuízos a motoristas e reclamação de vários moradores.
Toda a confusão começou há meses atrás quando algumas pessoas decidiram se organizar para construir as ondulações. O motivo, segundo o ex-presidente da associação dos moradores do bairro, José Torquato, foi um acidente entre dois veículos em um dos cruzamentos do bairro.
Os moradores resolveram sinalizar por conta própria as ruas. O problema é que além de serem ilegais, três delas foram colocadas a uma distância de 30 metros uma da outra.
O que era para ser uma medida benéfica acabou se tornando um problema e motivo de discussão entre a população. Muitos motoristas que passam pelo local reclamam que as lombadas acabam danificando a suspensão dos veículos. Outro problema é que as ondulações ficam na rua usada pelos ônibus, o que causa ainda mais discussão.
“Os moradores fizeram por conta própria esses quebra-molas de qualquer jeito. Interditaram as ruas com galhos de árvore, paus e tijolos e construíram. O problema é que ficou muito alto e fica impossível um carro passar. Um amigo acabou quebrando o carro quando passou nessa rua. É um absurdo”, reclama José Torquato.
O morador ainda denuncia que o objetivo do grupo é de colocar outras lombadas pelo bairro. Pelo menos mais duas já estariam programadas para uma rua próxima. Parte da população que é contra promete que vai procurar a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) com um ofício e um abaixo assinado para pedir a retirada.
“As lombadas estão fora dos padrões. Usaram os muros das casas para sinalizar. Essa principal mesmo não tem esse movimento todo para esse monte de quebra-molas. Esses moradores decidiram fazer isso depois de um acidente, mas acabaram complicando a vida da gente. Ouvi dizer que querem botar uma [lombada] na rua que moro e eu não vou deixar isso acontecer”, protestou.
Questionada sobre o fato, a SMTT disse por meio de sua assessoria que desconhecia as lombadas irregulares no conjunto João Sampaio I. Segundo a Superintendência, apenas a prefeitura é autorizada a colocar lombadas nas ruas da capital e que os moradores devem formalizar no órgão o pedido.
A SMTT orientou que no caso dos moradores do conjunto que discordam da colocação arbitrária dos quebra-molas, eles devem formalizar a denúncia, pois somente após esse processo será encaminhado o pedido de remoção à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra).
Toda lombada deve obedecer aos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que prevê de 8 a 10 centímetros de altura por 3 metros de largura seguindo o comprimento da rua.
A legislação prevê multa para quem coloca lombadas sem permissão. O responsável pelo quebra-molas irregular, se identificado, ainda poderá ser punido criminalmente por danos materiais e por homicídio.