Uma queda em uma fossa no conjunto José Tenório e fraturas nos dois calcanhares não foram as piores coisas para Nelson Ferreira da Silva, 6. Há 20 dias no Hospital Geral do Estado (HGE), precisando ser transferido para o Hospital de Coruripe, o paciente está apenas sendo medicado e recebeu a informação  de que os ossos fraturados haviam calcificado, não haveria necessidade de cirurgia e que dificilmente poderia voltar a andar, o que gerou  revolta de familiares e outros pacientes internados na mesma ala da unidade hospitalar.

A revolta é geral na Ala G, sala 1 do HGE, onde seis pessoas, entre elas Nelson Ferreira da Silva, que aguardam por mais informações sobre o processo de transferência ou intervenções cirúrgicas.

A família do idoso, indignada, teme qualquer tipo de falta de atendimento proposital. No entanto, um acompanhante de outro paciente, que preferiu não se identificar, afirma que a situação é crítica.

A fratura fechada, como é nomeada pelos médicos, não pode ser feito no HGE, restando a transferência para o Hospital de Coruripe como opção. No entanto, a unidade no litoral sul não apresenta vagas e por isso, o paciente segue medicado e aguardando abertura de leitos para ser transferido.

Nesse período, um médico, segundo informações, avisou a família que a cirurgia seria desnecessária, tendo em vista que não surtiria efeito, uma vez que os ossos dos dois calcanhares calcificaram. Com isso, a possibilidade do trabalhador da construção civil voltar a andar seria mínima.

“O senhor está aqui há cerca de 20 dias, só tomando remédio para diminuir as dores e do nada, recebe a notícia de que não poderá mais andar. Assim como ele, outras pessoas estão aguardando cirurgia, como o meu amigo que sofreu acidente de moto. Então, eles também não vão poder andar, vão perder pernas, braços pela demora no atendimento”, questionou o acompanhante revoltado.

Em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Geral do Estado, a reportagem foi informada que, o prontuário do paciente aponta que ele está sendo medicado, o curativo está sendo feito diariamente e está confirmado indicativo para transferência, aguardando apenas a liberação de leitos no Hospital de Coruripe.