Os motoristas da capital começaram a sentir no bolso o peso de mais um reajuste no preço cobrado por litro de gasolina nas bombas da cidade. Em vários locais já é possível encontrar o combustível custando em média R$ 3,05. Apesar do aumento de quase R$ 0,10 em poucos dias, os donos de postos justificam que o preço teve que sofrer aumento por conta do valor que o litro da gasolina está sendo repassado pelas distribuidoras.

Nesta quinta-feira (09), no site da Agência Nacional do Petróleo (ANP) o sistema de levantamento de preços apontava que o preço do litro da gasolina estaria custando em média         R$ 2,91 na capital. A amostragem foi entre os dias 29/12/2013 a 04/01 deste ano. Em vários postos, o preço chega a quase R$ 3,10.

Segundo Carlos Henrique Toledo, presidente do Sindcombustíveis de Alagoas, as distribuidoras começaram o ano repassando o combustível com um aumento de R$ 0,05 centavos por litro. O aumento visto em alguns postos, segundo Toledo, visa cobrir os custos.

“Não há uma fiscalização sobre as distribuidoras. Elas aumentam o valor do combustível e os empresários têm que cobrir os custos. Os preços praticados estão sim acima de R$ 3, mas não sei o motivo real do aumento nas bombas da capital. Creio que o aumento que encontramos nas distribuidoras seja a razão”, disse.

Porém, em dezembro o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) havia determinado que os postos de combustíveis de Alagoas adotassem como preço médio o valor de R$ 2,9610. A determinação, que foi publicada no Diário Oficial da União, também fixou o preço para outros 18 Estados.

Por enquanto o Ministério Público Estadual não recebeu nenhuma reclamação a respeito do novo valor da gasolina. Por meio da assessoria do órgão, o promotor Max Martins informou que aguarda uma perícia contábil do Procon sobre um aumento praticado pelos postos em novembro do ano passado e que resultou na abertura de um inquérito civil para apurar o caso.

O MP aguarda o resultado da perícia, que vai analisar os argumentos do Sindicato e os valores de compra e dos insumos para decidir se é justificável ou não.