39 ou 200? O que realmente importa com a segurança dos alagoanos?

28/12/2013 18:34 - Blog do Marques
Por José Marques
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Aconteceu hoje em Maceió uma grande fuga no Presídio Cyridião Durval, onde 39 reeducandos pularam o muro e pegaram o beco para longe dali.

Segundo informações da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP), dos 39 que fugiram, 13 foram recapturados. Logo mais cedo, o presidente do Sindapen/AL, Jarbas Souza, disse que o número de fugitivos poderia chegar a 200, como noticiado pela GazetaWeb, o que gerou uma grande movimentação nas redes sociais.

Um clima de terror está aos poucos sendo instalado em nosso Estado, por um grupo do “quanto pior, melhor”, por outro grupo com interesses políticos e por outro grupo que tem já como finalidade de simplesmente difundir o caos. Outros motivadores do terror é sem dúvida a impunidade que vivemos e a corrupção entranhada em nossas prefeituras e vários setores do Governo do Estado. Corrupção que leva ao descaso e a morosidade.

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Ao reclamar mais cedo sobre a fuga dos possíveis 200 presidiários, fui retrucado por um colega que disse que esse número era um absurdo e que na realidade eram “apenas” 39 fugitivos.

Na realidade pouco importa a quantidade, o debate tem que ser levado para âmbito do ponto em que chegamos em relação a segurança pública em Alagoas. É de longe um caso de descaso de muitos anos e que tende a piorar se continuar nesse ritmo lento que o Governo atual conduz a pasta.

Um Estado que ostenta os piores índices em diversos indicadores, onde milhões são desviados na cara dura dentro da Assembleia Legislativa que ainda tem em seus quadros políticos coronéis, que trabalham com uma pistola numa mão e um chicote na outra e onde a impunidade é conduzida com alguns “punhados de dólares”, não pode esperar muito.

Precisamos mudar de dentro pra fora, primeiramente conduzindo nossas casas com bons valores e expurgando de vez o jeitinho brasileiro de ser, ter orgulho do nosso chão, da nossa terra, pois assim passaremos a cobrar mais e ser mais exigente com os que nos representam nos poderes constituídos e acabar com essa “síndrome de coitadismo” onde sempre somos as vítimas que depende da boa vontade dos outros para conseguirmos o que queremos.

Eu acredito em nossa mudança, porém sei que não será de um dia para o outro, isso é demorado, mas precisamos fazer nossa parte, sempre! Aos poucos chegaremos lá. Eu acredito!

Agora, governador Teotônio Vilela, por de tudo que é de mais sagrado, faça alguma coisa urgente, não acabe o seu mandato como um dos piores governadores desse Estado. Muitos dos alagoanos não acreditam nessas viagens do Eliezer Setton (virou até piada na internet), por mais que seja verdade, o que queremos é ver, sentir, tocar em tudo que as propagandas mostram e não ficar no “Fantástico Mundo do Bobby”.

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