Otaviano Costa, 40 anos, é inquieto. Ajeita-se diversas vezes no sofá, gesticula e faz dezenas de expressões engraçadas. Seu bom humor é indissociável do jeito de garotão. Ator e apresentador, atualmente ele participa de quadros no Vídeo Show e da bancada do Amor & Sexo, programa em que protagonizou, em setembro, um striptease que deu o que falar. Casado há sete anos com a atriz Flávia Alessandra, 39, pai de Olívia, 3, ele também considera como sua filha Giulia, 13 – da atriz com o diretor Marcos Paulo. “Padrasto lá em casa é só para formalidades”, diz ele ao repórter Pedro Moraes ao responder as perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Na conversa, ele afirma que se sente realizado.
1 - Adorei seu striptease no Amor & Sexo. Foi um show de beleza, sem vulgaridade. O que pensa sobre a questão do gay no país?
Walter Baptista, Natal (RN)
O papo dos direitos é amplo, e o importante é as pessoas se respeitarem. O programa se propõe falar de tudo e sou o artista mais escancarado possível. Tirar a roupa não foi problema. Brincamos que somos o júri do Silvio Santos. O Alexandre Nero é a Aracy de Almeida, a Mariana Santos, a Sônia Lima, e eu, o Décio Piccinini.
2 - Como mantém o rosto e o corpo de 30 aos 40 anos? Namoraria uma fã, se não fosse casado?
Érica Vieira, São Paulo (SP)
Claro que namoraria! Sobre o corpinho, há três fatores: bom humor, a música – toco piano e canto todo dia – e o trabalho. Escolhi fazer o que amo e é como se eu não trabalhasse há anos. Engraçado que o quarentão, antigamente, parecia um sujeito surrado, vencido, ultrapassado. Deixei o cabelo ficar branco, pois cansei de pintar, e tento fazer um corte moderno.
3 - O que fez para conquistar a Flávia?
Fernando Rodrigues, Curitiba (PR)
Nada! O destino é um bendito barco, não sabemos aonde nos leva. Estávamos dentro de um navio para fazer um evento e acabamos nos aproximando. Fomos obrigados a fazer tudo juntos. Foi uma lua de mel às avessas e, em cinco meses, estávamos casados.
4 - Sou uma flavete (fã de Flávia Alessandra) e o admiro muito. Como lida com o carinho dos fãs?
Caroline Alves, Rio das Ostras (RJ)
Essas meninas são um barato, são fãs também do casal. Ainda bem, porque em alguns casos o marido vira um exu! Flavinha concentra mais essas relações, porque confesso que sou um pouco preguiçoso.
5 - Li na entrevista da Flávia na QUEM que você é o padrinho da Giulia. Como é dividir a atenção entre ela e a Olívia?
Fernanda Florêncio, Campinas (SP)
Considero as duas da mesma forma. É lógico que a relação de sangue é mais doida, tem até um sexto sentido. A Giulia é minha filhota. Eu a adotei para a vida há muito tempo. Mesmo com o Marcos ainda vivo, sempre estive presente. Padrasto lá em casa é só para formalidades, como fichas cadastrais.
6 - O que acha de artistas como Justin Bieber, que provocam histeria, mas são maus exemplos?
Célio Marques, Rio de Janeiro (RJ)
As pessoas podem admirar quem elas quiserem, mas não devem fazer o que os ídolos fazem. Curta, cante junto, use a mesma roupa, mas seguir o estilo de vida é outra coisa. A Giulia, por exemplo, sabe distinguir o que é uma má atitude.
7 - É uma pessoa religiosa? No que acredita?
Mário Linhares, Itajubá (MG)
Acredito em energia e fé. Também sou devoto de Nossa Senhora Aparecida e sou filho de Iansã. Converso com elas como se fossem minhas amigas.
8 - Se tivesse que escolher um nome profissional sem ser o seu, qual seria?
Danielle Fontoura, Criciúma (SC)
Em 2000, quando fui para a Band substituir o Luciano Huck, o diretor Nilton Travesso achou meu nome grande. Tentou me chamar de Tatá Costa, Ota Costa ou Tavinho Costa. Pensamos alguns minutinhos, mas o convenci de ficar com meu nome mesmo.
9 - Gostaria de voltar a apresentar um programa só seu?
Solange Brescancin, Piumhi (MG)
Claro, mas ainda é cedo. O Vídeo Show está sendo uma grande oportunidade, mas é lógico que o futuro pode trazer novidades. Estou realizado com minha vida como um todo. Não preciso de mais nada para ser feliz. Se melhorar, fica melhor ainda!
10 - Qual é sua melhor lembrança da infância em Cuiabá?
Phelipe Erick, Várzea Grande (MT)
As idas à fazenda do meu avô, que tem rios, cachoeiras e matas. Eu era o Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo, pegava canivete, chapéu e bota e ia para o mato.