Esse meu natal não é de muita alegria, perdi uma grande pessoa em minha vida. Jorge Marques de Melo, foi meu padrasto, um grande pai, carinhoso e atento sempre a tudo que acontecia ao seu redor.

Santanense da gema, Jorge era de família tradicional em Santana do Ipanema, seus pais Leuzinger Alves de Melo e de Iveta Wanderley Marques, sempre foram muito queridos na cidade.

Ele nunca foi muito de seguir o que os outros falavam, com personalidade forte, seguiu o caminho que queria, mesmo que posteriormente esse caminho não lhe trouxesse grandes bens e posses. Nunca reclamava, o que me fazia ter a certeza da sua felicidade com a vida simples que viveu. Jorge era um homem simples e de coração nobre.

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Numa, das muitas conversas que tivemos, ele me falava que cometeu alguns erros na vida – quem nunca cometeu? – com seus filhos e irmãos, mas que estava muito feliz com o sucesso que todos tinham conseguido na vida.

Contava com muito orgulho e carinho o caminho traçado pelo irmão famoso, José Marques de Melo, e como ele o admirava e respeitava. Dizia sempre: Estude, Marques! Veja meu irmão onde chegou. Ele até já ensinou nos EUA e ganhou o “Oscar” do jornalismo.

Quando saí do seminário, Jorge apoiou a minha recente ideia de ir estudar na capital, dizia que para crescer na vida tinha que começar meus passos em Maceió. Assim o fiz, com muita dificuldade vim vencer na capital. Minha mãe, na época, disse muitas vezes o quanto ele ficava preocupado comigo. Sempre perguntava a ela se já havia depositado os 50,00R$ pra me ajudar no dia a dia. – Ô Regia, já depositou o dinheiro do Marquinhos?

Com a saúde já debilitada, devido a um incidente, Jorge vinha sofrendo com fortes dores, o que lhe deixava por uma boa parte do tempo sobre uma cama. Gostava de ficar sentado em frente ao nosso mercadinho, que achava a maior graça, quando mãinha chamava de “o GBarbosa de Santana”.

Jorge, faleceu dia 23 de dezembro de 2013 e foi sepultado no cemitério Santa Sofia, no dia 24 de dezembro. Deixou filhos, enteados, netos, irmãos, sobrinhos, amigos, sogra e esposa.

Nessas alturas, já deve ter feitos muitos amigos lá em cima com as suas muitas histórias que adorava contar por aqui!

Vá em paz, Jorge. Chegou a hora do descanso que tanto queria.

Saudades!

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