Revoltado, o prefeito Etevaldo promete ser o primeiro gestor do Brasil a peitar na justiça o Ministério do Turismo. Alega que em dezembro de 2009 promoveu o I Festival do Algodão, lá em Ouro Branco, com o apoio financeiro do referido Ministério. Só que agora, o órgão federal está cobrando todo balanço de prestação de contas daquele ano. O prefeito terá que apresentar: fotos das bandas musicais, fotos do palco e demais estrutura montada do evento; documentos emitidos pelos cantores, comprovando que se apresentaram no palco da festa, além de matérias publicadas pós-evento, em veículos de comunicação.

A bronca do prefeito é porque algumas dessas exigências passaram a vigorar no ano passado; no entanto o Ministério do Turismo não perdoa Ouro Branco se não apresentar todos os comprovantes, inclusive já contando os que fazem parte das normas atuais. “Como ‘peste’ eu vou conseguir uma carta autorizada pelo  cantor, dando conta de que ele fez show  em minha cidade em 2009”, questiona esse novo item Etevaldo. Adverte,  que se for prejudicado, acionará o Ministério na justiça. A punição prevê  perda de mandato político por mais de cinco anos. 

Outro Lado da coisa

No dia 16 de abril passado, o Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas acatou, por unanimidade na sessão, a denúncia do Ministério Público Estadual contra o prefeito de Ouro Branco, Atevaldo Cabral da Silva, por favorecimento a prostituição e exploração sexual de vulnerável. Em 2011, Atevaldo Cabral foi acusado de tentar abusar sexualmente de uma menor de 14 anos. A denúncia partiu do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, em janeiro de 2012. O prefeito pode ser condenado a até 10 anos de reclusão, além de perder o mandato atual.