E o salário Ó!

15/10/2013 09:23 - Welton Roberto
Por Welton Roberto
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Pelo menos um dia no ano os professores são reverenciados, são elevados à máxima importância, são colocados no pedestal de detentores do conhecimento e trazidos como herois da nação. Infelizmente isso só acontece uma vez por ano. E só. Nos outros 364 dias do ano a humilhação e vergonha norteiam a profissão que mais encolhe ao longo dos últimos 20 anos.

Parece óbvio dizer que a educação é o pilar sustentável de uma nação. Mas não posso mais me contentar com obviedades, pois já fui alvo de críticas por destacar o que a simplicidade do pensamento pode alcançar.

Hoje não seria o dia de lembrar das péssimas condições de trabalho dos professores, do salário miserável pago aos educadores que têm que ser gênios do malabarismo financeiro para poder também ensinar como se sobrevive com tão pouco ao ter tamanha responsabilidade. 

Digo eu que o teto vencimental de todo e qualquer cidadão deveria ser baseado no quanto ganha um professor e não um Presidente da República, Governador, Prefeito, Ministro ou o que o valham. 

Se a profissão mestra é a mais importante, reconhecidamente à unanimidade da população, porque a recompensa precisa ser a pior possível? Isso não me parece óbvio! E de obviedades... (pronto, amigos críticos, podem escrever que aqui só se escreve o óbvio, o mais do mesmo, etc etc etc)

Pois bem, hoje não vou falar das safadezas dos nossos políticos que  SÃO AUTODITADAS na picaretagem e na corrupção e no desvio das verbas públicas da educação e da cultura deste país, não quero falar sobre os fantasmas que nos assombram e levam milhões e milhões de dinheiro público todos os anos. E das falsas promessas vividas e requentadas em todo programa eleitoral. A educação, blá, blá, blá e tome mentira que faria o Pinóquio ficar envergonhado! 

Na prática não é nada disso. Escolas sucateadas, professores desmotivados, salários miseráveis etc etc etc. (bem óbvio ululante mesmo!)

Não!

Hoje é dia de reverenciar esses herois que são solidários, pois compartilham conhecimento, que não escondem o que aprenderam, que partilham saber, sem saber o quanto isso vai ser valorizado, ou mesmo se importar se algum dia vai realmente ser valorizado.

Satisfação? Talvez a alegria de ver seus discípulos crescendo e conquistando suas glórias. Ficam felizes pela vitória alheia como se suas fossem! E esta é a maior recompensa que os mestres talvez recebam durante a vida.

Porque o salário é aquele imortalizado pelo professor Raimundo através do inigualável Chico Anísio! 

 

 

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