A Cesta Básica voltou a cair em Maceió. Segundo os cálculos realizados pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), a ração mínima alimentar teve um decréscimo de 2,56% em relação ao mês anterior, que já havia apresentado baixa. O estudo também calculou o Índice de Preços ao Consumidor de Maceió (IPC).

Entre os principais fatores que levaram a essa baixa nos números, estão as variações negativas de pelo menos quatro produtos de grande importância na composição da cesta, que são o tomate (-0,77), arroz (-0,75), a farinha de mandioca (-0,48) e o açúcar (-0,28).

O Gerente de IPC da Seplande, Gilvan Sinésio, explicou que não é comum os números apresentarem baixas significativas em meses seguidas. Segundo ele, as razões para o decréscimo dos preços desses produtos foram pontuais.

“Produtos como o arroz e o açúcar estão no período de safra, aumentando a demanda e diminuindo os preços. A farinha de mandioca barateou por conta da baixa do preço da própria mandioca, sua matéria-prima. Já o tomate, que sempre encarece a cesta, está também com uma boa demanda em virtude do clima seco, propício para o seu cultivo”, explicou Sinésio.

IPC - Além do cálculo da Cesta Básica, a Seplande também divulgou os valores do IPC referentes ao último mês de setembro. A pesquisa apontou uma variação positiva de 0,22%, o que representa que o custo de vida na cidade aumentou apenas 0,03 pontos percentuais em relação a agosto.

Dentre os nove grupos que compõem o estudo, as maiores alterações foram no agrupamento Alimentação e Bebidas (0,38), por conta do aumento de produtos como refrigerantes (0,75) e a cerveja (0,99); e Habitação (0,46), que atingiu essa marca por conta do crescimento das taxas de aluguel residencial (1,50), e Comunicação (0,42).

Neste último grupo em especial, dois aumentos de produtos que o contém foram considerados significativos: o preço dos aparelhos de celular novos, e a tarifa da internet. Os dois tiveram, respectivamente, variações positivas de 0,73% e 1,08%.

“Muito disso é em decorrência da proximidade do Natal. As operadoras fazem reajustes nos preços, pra quando chegar dezembro baixá-los alegando promoções de fim de ano”, concluiu o gerente de IPC da Seplande.