O caso do jovem que estuprou um bebê de apenas nove meses e acabou espancado e morto no Benedito Bentes, fez surgir uma nova informação, de que este não foi o primeiro crime da mesma natureza. Uma situação parecida aconteceu há dez dias, também na parte alta de Maceió, fato que é condenado pelo Conselho Tutelar, que defende a população, mas refuta a tese de crime por crime.
“Há uns dez dias, um caso parecido aconteceu no Tabuleiro, quando um homem abusou de uma criança, o pai percebeu, avisou aos vizinhos e populares, que espancaram o homem. Acusado e vítima ao mesmo tempo, ele foi encaminhado para o HGE e morreu horas depois”, afirmou o conselheiro tutelar, Luiz França.
O crime teria sido acompanhado inclusive, pela titular da Delegacia de Crimes contra a Criança e Adolescente, Bárbara Arraes. Diante do fato, o conselheiro tutelar lembra que a tese de crime por crime não está ou será compensada. “É fato que um abuso sexual é revoltante, mas não se pode coibir um crime cometendo outro. Neste caso, a justiça ficará responsável pela investigação, porque, se a população comete um crime e a pessoa era inocente, como fica a situação?”, indagou.
Pedido de novos exames
Com relação à repercussão do crime, o conselheiro tutelar confirmou novos passos. Isso porque, o bebê abusado passará por novos exames para avaliar a gravidade de ferimentos e será preciso algum tipo de tratamento ou procedimento cirúrgico, mas, descartando risco de morte.
Outra medida tomada pelo conselho tutelar e que será encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) é que os dois irmãos do bebê, um menino de 2 anos e uma menina de 4, também passarão por exames para avaliar se sofreram abusos, mesmo sem qualquer queixa por parte dos mesmos.
Além dos exames, a mãe e os três filhos terão acompanhamento psicológico diante dos abusos e do crime cometido. “Pediremos esses exames por precaução. Não houve queixas de abusos contra as outras crianças, mas iremos pedir e juntamente com isso o acompanhamento psicológico”, finalizou.










