A ALE-AL fala e não diz nada!
Estamos acompanhando atentamente o desenrolar da denuncia feita pelo deputado João Henrique Caldas, o JHC, sobre as movimentações financeiras da Casa do Povo Alagoano, a nossa Assembleia Legislativa, onde, tudo indica, pariu mais uma TATURANA.
A imprensa alagoana está cobrindo e investigando profundamente este caso e assim descobrindo – tendo a certeza – a cada dia, que na Assembleia de Alagoas, o buraco é mais embaixo.
Em nota, apresentada hoje no site oficial da ALE, a mesa diretora afirma que a imprensa foi induzida ao erro pelo parlamentar e que essa teria feito uma interpretação equivocada dos dados financeiros da Casa Tavares Bastos cedidos pela Caixa Econômica Federal. Aqui a mesa diretora diz, nada mais nada menos, que a nossa imprensa não tem a capacidade de discernimento natural ao ser humano. Alguns dos nossos representantes insistem em subestimar a inteligência do povo alagoano.
Apresento aqui algumas reportagens do portal Cada Minuto, para que você possa entender melhor o caso:
Mesa Diretora da ALE segue em silêncio sobre a “lista de ouro” de R$ 7 milhões
ALE gastou R$ 7 milhões com 61 comissionados apenas em um ano
De acordo com extrato da ALE, comissionado consegue oito repasses em um mês totalizando R$ 34 mil
Extrato bancário da ALE pode apontar para uma “Taturana II: a missão”
Assessor de ex-primeiro secretário da Assembleia recebeu R$ 235 mil em 2011
A nota apresentada pela mesa diretora não inova e mantém a tradição em falar, falar e não dizer nada.
Justificam o pagamento realizado ao deputado Almir Lira Sobrinho, falecido em 2010, alegando que poderiam prejudicar os alimentos da sua família. Almir não chegou a tomar posse, mas mesmo assim o repasse foi feito no valor correspondente de um deputado. Quem bateu o ponto? Com quais documentos a mesa diretora comprova o não desvio de finalidade?
Alegam que em janeiro de 2011 não ocorreu nenhum repasse financeiro que superasse os limites legais aos cargos dos servidores e que houve, nesse mês, uma leve coincidência, onde pagamentos relativos a dezembro de 2010, décimo terceiro, do terço de férias e dos próprios valores correspondentes a janeiro, foram pagos de uma só vez. Alegam, ainda, que os “múltiplos salários”, pagos descaradamente, não passam de inverdades.
Tudo o que foi alegado, infelizmente, não passam de palavras sem as devidas fundamentações comprobatórias necessárias, já que a denuncia apresentada pelo deputado JHC, foi totalmente fundada sobre os extratos concedidos pela Caixa Econômica Federal.
Para ter uma ideia do que está claro nos extratos apresentados, encontra-se que uma só família recebeu R$ 91.734,13, sendo que o pai obteve R$ 46.572,45 e o filho R$ 45.161,63. Quer mais? Um funcionário recebeu em 2011 a quantia de R$ 82.055,10, total somado de 49 depósitos, outro funcionário recebeu 52 depósitos, totalizando R$216.836,59. Nada como um valor justo para uma boa prestação de serviço, não é verdade?! (Clique aqui e baixe os extratos apresentados pela CEF)
A mesa diretora da ALE-AL diz, com todas as letras, que tem compromisso com a legalidade e com a transparência, o que é percebido por todos nos extratos cedidos pela Caixa Econômica Federal. O que se espera do presidente Fernando Toledo e toda a mesa diretora é essa postura legal e transparente, que afirmam ter, para assim, todos os questionamentos levantados sejam esclarecidos com documentos detalhados e reais. É uma obrigação e não um ato heroico dos nobres deputados!
Uma visita do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal seria muito boa para animar o segundo semestre daqueles que tem certeza que aqui é terra de ninguém onde se faz tudo e pode tudo!
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