Com 16 anos ela conseguiu comprar o seu primeiro violão com o dinheiro que ganhava em um estágio. Aprendeu a tocar o instrumento e não parou mais. A música andou paralelamente aos seus estudos, tanto que ela chegou a cursar jornalismo até o último período, mas o amor pela música falou muito mais alto. Foi abandonando o curso que lhe daria estabilidade financeira que a musicista Natalhinha Marinho correu em busca do sonho de viver da música.
Desde o abandono da faculdade, ela encarou muitos projetos na área musical, até que em um evento conheceu a também musicista, Roberta Aureliano, com quem formaria uma parceria de longa data e bons frutos. Juntas tocaram na banda Estrada BR, mas o projeto acabou não dando certo. A dupla continuou tocando junta e após idas e vindas em 2010 deu vida ao grupo Fulô de Maracujá. No repertório, muito forró pé-de-serra e canções que elas fazem questão de ressaltar serem a MPB com “P” bem maiúsculo.
A ideia de juntar os músicos com quem tocavam para ganhar dinheiro com forró surgiu exatamente na época de São João e agradou tanto que convites não faltaram a partir de então. Os cantores populares, nordestinos e principalmente alagoanos, foram as maiores fontes de inspiração da banda. Os cocos são uma exigência do público em todas as apresentações, mesmo aquelas que fazem parte de projetos paralelos.

No começo deste ano, Natalhinha lançou na internet o CD ‘Um Sentimento por Segundo’, com canções totalmente autorais, em vários estilos, que mostram a versatilidade da compositora. A banda Fulô também lançou CD recentemente, com dez faixas, sendo uma autoral e outras de artistas consagrados.
O CadaMinuto recebeu a musicista, acompanhada da parceira da Banda Fulô, para um bate-papo com muita música no estúdio.
CadaMinuto – Você teve problemas ao largar o jornalismo? Sua família foi contra?
Natalhinha Marinho – Na verdade minha relação de satisfação é com minha mãe. Quando eu fazia jornalismo já tocava, tanto que muitas vezes dormia na faculdade. Ela acompanhou tudo, percebeu que não era uma brincadeira e sempre me apoiou. Eu larguei o curso, mas o jornalismo acabou me ajudando a entender o meu fazer artístico. Hoje eu faço minha própria divulgação, se precisar montar a capa de um CD eu utilizo as técnicas que aprendi na faculdade. Acabou que não abandonei completamente.
CM – Foi complicado conquistar um espaço dentro do cenário musical local?
NM – Acho que complicado não. É a batalha diária. Você tem que está correndo atrás para tocar nos lugares, tem que conhecer gente. E geralmente acontece assim: alguém vê nosso trabalho e fala para outra pessoa, um amigo chama para tocar e então vai acontecendo. É a batalha de todo mundo, mas não gosto de pensar que algo é complicado.
Confira a entrevista na integra e conheça um pouco dessa história e do trabalho da banda Fulô de Maracujá.
Serviço: Quem quiser contratar a banda para animar os festejos juninos, ou adquirir os CD´s pode entrar em contato pelos telefones (82) 9613-4048 e 8738-2400 (Izabelly) ou pelo fanpage da Fulô de Maracujá - facebook.com/fulôdemaracujá.











