Passar pelas calçadas da Avenida Amélia Rosa, no bairro de Jatiúca se tornou um risco à saúde. A água fétida dos esgotos jorra como se fossem fontes. Na localidade onde há a concentração de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais é impossível sentar-se numa mesa ao ar livre devido à fedentina. A reportagem do CadaMinuto esteve na tarde desta terça-feira (04) no local e constatou não só a água jorrando mas o ar fétido que invade todos os estabelecimentos.

O gerente de um restaurante que fica localizado em meio às saídas dos esgotos comentou que o problema acontece já há mais de dois meses. “Foram enviados diversos ofícios à Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) em busca de soluções e a empresa informou que o duto está entupido. Pelas manhãs enviam veículos para fazer a limpeza nas tubulações. Mas isso não resolve nada. O maior fluxo acontece a partir das 13h, quando movimento das cozinhas nos estabelecimentos comerciais aumenta. Isso é um paliativo que nada resolve”, afirmou Josuel Canuto.

Prejuízos

O problema não é só o mau cheiro, mas o prejuízo financeiro que os empresários vem enfrentando. “Como a água jorra na lateral do estabelecimento, uma média de oito mesas ficaram praticamente desativadas o que já gerou um prejuízo de aproximadamente R$26 mil. Os clientes que sentam do lado de fora não passam cinco minutos e se retiram. Isso reflete não só no caixa do restaurante, mas também na imagem que temos perante os clientes”, destacou o gerente.

Em dias de chuvas então a coisa fica ainda pior. O funcionário de uma tradicional pizzaria que fica na região comentou que quando chove o esgoto chega a jorrar com tanta força que até a tampa de concreto já chegou a ser levantada pela água fétida. “Muitos clientes tem deixado de freqüentar a casa devido ao mau cheiro”, reforçou o funcionário.

Além de todos os transtornos gerados ao restaurante Josuel diz ainda que as contas do fornecimento de água da Casal, num valor aproximado de R$ 500 são mensalmente pagas e nelas estão embutidos os custos com o esgotamento sanitário. “Infelizmente só tem chegado a fatura, mas não os serviços”, lamentou o gerente.

A assessoria da Casal informou que já está sendo feito um levantamento na área para descobrir a origem do problema e resolvê-lo definitivamente. A empresa reforçou ainda que outro agravante é a infiltração da água das chuvas na rede coletora de esgoto o que aumenta ainda mais fluxo de água e consequentemente o transbordamento das galerias.