Há um fato que ficou claro durante a visita, esta semana, do ministro da Integração Nacional a Alagoas, o pernambucano Fernando Bezerra, do PSB, para autorizar diversas obras: A excelente relação com os tucanos liderados pelo governador Vilela.

Como sabemos, o Poderoso Chefão do PSB é o governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, responsável pela indicação do ministro e amicíssimo de Vilela.

E o que fez Fernando Bezerra em Alagoas além de autorizar as obras? Elogios e mais elogios a administração do PSDB e falta de honestidade intelectual ao não declarar que as obras que serão feitas têm o DNA da bancada federal.

Outro fato que soou estranho diante da platéia foi o fato de não estarem presentes membros da bancada federal, casos dos senadores Collor e Renan, além de deputados federais, pela magnitude das autorizações.

Se fosse uma ação política para reforçar a relação entre a base aliada da presidente Dilma Rousseff em Alagoas, eles não poderiam deixar de, sendo convidado, estarem presentes. No entanto, alguns sequer foram chamados. Mas isso não foi feito à toa, de jeito nenhum. Coisa alguma em política é por acaso.

Fernando Bezerra, cujo cargo alguns petistas defendem que seja retirado do PSB por conta da candidatura de Campos, na ação deixou claro que é favorável a candidatura do seu presidente, ao contrário do que declarava antes.

Como eu já escrevi em blogs anteriores, Vilela tem simpatia pela candidatura de Eduardo Campos, e não pela dos tucanos Aécio Neves ou José Serra. Tanto isso é verdade que o deputado federal Alexandre Toledo (PSDB) vai deixar o ninho tucano para casar com o PSB e ninguém do partido do governador alagoano vai lhe cobrar fidelidade partidária.

Está vendo como está tudo combinado, caro leitor?

Eduardo Campos quer o lugar de Dilma. O ministro Fernando Bezerra assumiu posição contrária ao Governo Federal. De traição em traição política, os adversários da base aliada da presidente Dilma enchem o papo, sem engasgar, por enquanto.