O plenário da Assembleia Legislativa lotou nesta tarde, durante audiência pública que discutiu a Educação Profissional e Tecnológica em Alagoas, que segundo o deputado propositor do tema, Joãozinho Pereira, está deixando a desejar diante dos avanços registrados por outros estados e pelos vizinhos Pernambuco e Sergipe. 

O objetivo das discussões, segundo o deputado, é fazer com que a Secretaria de Estado da Educação se mobilize para conseguir mais recursos do programa Brasil Profissionalizante, do governo federal, que disponibiliza recursos para a educação profissional nos estados brasileiros. Inclusive, apresentação feita pelo parlamentar mostra que Alagoas é o estado do Nordeste que menos recebeu esse recurso entre 2008 e 2011. 

“Precisamos encontrar uma saída para trazer uma Educação Profissionalizante de qualidade para nosso Estado, descobrindo os gargalos que estão impedindo os avanços. Temos dois centros que atendem a essa demanda e uma escola em Teotônio Vilela atende uma demanda em parceria com a prefeitura. Enquanto Ceará conta com mais de 90 escolas de educação profissional com recursos do Brasil Profissionalizado, ficamos vendo o tempo passar e nossos jovens à espera de se profissionalizar para entrar no mercado de trabalho”, ressaltou Joãozinho Pereira.

Na audiência, Pereira deixou clara sua intenção de propor que o governo do Estado crie uma autarquia para gerir a educação profissional e mostrou casos de sucesso nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Acre e Amazonas. Inclusive recebendo milhões de recursos do governo federal e ampliando cada vez mais a atenção aos alunos do ensino médio com cursos integrados de educação profissional.

“Como autarquia, a educação profissional terá autonomia financeira e pedagógica entre outras bases e terá como conquistar mais recursos, com a elaboração de projetos. Nossa intenção é que mais escolas sejam construídas e que haja qualificação na mão de obra, porque muitas indústrias estão vindo para Alagoas e porque não estamos profissionalizando nossos jovens. É preciso que os cursos durem  de dois a três anos”, disse o deputado.

A audiência contou com uma representação formada por representantes da educação no Estado, como as secretarias de Educação do estado e município, Sistema S como Senai e Senac, Associação dos Municípios Alagoanos e Secretaria de Estado do Trabalho. 

O secretário Estadual do Trabalho, Alberto Sextafeira, defende mais investimentos e mais qualificação para atender aos avanços do estado na economia. “O investimento nesses cursos profissionalizantes são de extrema importância para que as pessoas possam ingressar no mercado de trabalho. Não adianta trazer indústrias para o estado se não houver pessoas capacitadas. Mas para capacitarmos, é preciso conhecer o mapa de Alagoas e saber qual a demanda do estado, para não correr o risco de capacitar pessoas em cursos que o mercado de trabalho não esteja precisando”, finalizou.