“Eu gastava uma média de R$ 1.100, mas a última compra chegou a R$ 1.300”. A comparação é da dona de casa Eliane Nascimento sobre os preços dos produtos das cestas básicas, que mesmo com a redução de impostos federais ainda continuam sendo queixa dos consumidores. A baixa nos preços foi anunciada em março deste ano pela presidente Dilma Rousseff, mas segundo consumidores alagoanos, o impacto ainda não foi sentido no bolso.
Durante suas idas ao supermercado, dona Eliane garante que os valores dos alimentos não diminuíram. Segundo ela, durante os últimos meses a sua compra no supermercado subiu cerca de R$ 200. “Percebo que a redução ainda não foi repassada para os produtos. Nas últimas compras levei para casa os mesmo itens que costumo levar todos os meses”, afirmou.
A dona de casa disse ainda que feijão, farinha e leite estão pesando no bolso do consumidor e são alimentos que não poder sem descartadas da mesa. “O preço do feijão e da farinha já estava alto e continuou subindo. Às vezes conseguimos pegar uma promoção em outros alimentos, o que acaba balanceando o preço no final da compra”, lembrou Eliane, completando que não somente o preço dos alimentos teve alta, como também os medicamentos.
A funcionária pública Monalisa Camelo também entra na lista dos consumidores insatisfeitos com os preços. Monalisa relata que costuma fazer compras no mesmo supermercado e que nos últimos três meses o orçamento tem ficado mais comprometido devido à feira do mês. “Não vi diminuição nenhuma até agora. Está tudo caro, não tem nada barato não”, frisou.
Segundo a servidora, a compra realizada em sua residência é para duas pessoas e chega a custar em média R$ 500. “Na última feira quando vi o preço, cheguei em casa e fui conferir a nota para saber o que tinha comprado de tão caro. Mas percebi que não tinha nada demais na feira, apenas o comum, mas com o preço bem salgado. Uma lata de leite, por exemplo estava de R$ 9 e um pratinho de carne por R$ 10”, afirmou.
ASA
Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA/AL), Raimundo Barreto, a redução dos preços dos alimentos vem ocorrendo de forma gradativa, porém alguns produtos apresentam uma oscilação de preço devido o valor repassado pelas indústrias. Como exemplo de alimentos que sofrem essa variação, Barreto citou o feijão e carne.
O presidente da entidade explicou que a redução não foi imediata por conta do estoque feito pelos comerciantes. “O supermercado tem a maior intenção de repassar essa redução para os consumidores, porém as indústrias têm vendido alguns alimentos com o valor alto, e essa alta no preço reflete para os clientes”, explicou. “O consumidor pode não perceber, o setor está passando a redução”, emendou Barreto.









