Quase um ano após a morte de Jônathas Daniel, 24, torcedor do CRB, e do indiciamento de Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, 21, pelo crime, o Ministério Público Estadual publicou um despacho solicitando informações sobre as investigações de suposta tortura a Ayslan, torcedor do América/RN.
A solicitação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (14). O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, afirma que não foram encaminhadas ao MPE as conclusões sobre a denúncia de tortura. Segundo ele, a promotora Karla Padilha informou que a Polícia Judiciária não concluiu o processo.
As informações solicitadas são em virtude do despacho lavrado pelo juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luciano Losekann, que solicitou o termo das investigações para concluir o caso.
O procurador do MPE solicitou que sejam expedidos cópias dos ofícios nos quais constam as informações prestadas ao juiz do CNJ, cópia dos ofícios que foram encaminhados à promotora Karla Padilha no qual consta o pedido de encaminhamento da conclusão das investigações sobre o fato, bem como cópia da movimentação da consulta de processo eletrônico do CNJ.
“Cópia endereçado ao Juiz Luciano Losekann, no qual esclarece que não foram encaminhadas para a PGJ/MPE/AL as conclusões sobre o fato com aparência de delito no qual ?gura a pessoa de Al-Unser Ayslan Silva do Nascimento e que, segundo as informações prestadas pela promotora de Justiça Karla Padilha, a apuração da Polícia Judiciária não se ultimou, embora ela venha cobrando a sua ?nalização”, frisou.
Relembre o caso
Ayslan se envolveu em uma confusão na porta do estádio Rei Pelé durante partida entre CRB e América/RN, realizada no dia 7 de julho de 2012. Jônathas foi atingido por um tiro no peito, chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado, mas morreu. Ayslan foi apontado como o autor do disparo.
O torcedor do América chegou a ser preso e encaminhado para a Delegacia de Homicídios, no Centro de Maceió. O advogado dele disse á época que seu cliente foi torturado com sacos plásticos dentro da delegacia e que foi espancado por agentes penitenciários na Casa de Detenção. O objetivo da tortura era que o jovem confessasse o crime, segundo o advogado Hugo Trazola.










