“Gigante do Asfalto” é derrubado pela incompetência de uma gestão irresponsável

06/05/2013 08:05 - Berg Morais
Por Berg Morais
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Por Berg Morais

O Colégio Estadual Humberto Mendes sempre viveu momentos de glamour ao se comentar generosamente sobre a sua banda fanfarra e a qualidade no ensino. A essência positiva criada por alunos e funcionários floresceu estado afora, trazendo para a escola o nome de “Gigante do Asfalto”, em referência a grandeza que se distribuía entre as balizas e a sintonia musical da banda. Mas ao que parece o reinado acabou. A ingerência administrativa e a falta de competência dos gestores dos últimos dois anos levou o gigante ao chão.

Há décadas que o Humberto Mendes tornou-se referência no interior do estado quando o assunto era educação pública de qualidade – superior, diga-se de passagem, a algumas escolas privadas. Eram troféus que chegavam de diversas partes do Brasil, em diferentes modalidades, para fazer encher a bagagem da escola.

Ao se falar em termos físicos, a piscina criou e levou para fora do estado diferentes campeões na natação. O ginásio poliesportivo sempre era movimentado pela realização de eventos a níveis regionais. Eram mais de quatro mil alunos que desfrutavam de laboratórios de última geração, salas de aulas confortáveis e – talvez o mais importante - a harmonia de uma equipe empenhada num ensino de qualidade.

Mas ao longo dos últimos dois anos o gigante ia enfraquecendo e foi derrubado pela incompetência e pela incapacidade de gerenciamento de uma equipe fraca e irresponsável, comandada por pessoas que não apresentam zelo ao patrimônio público.

Alunos são vistos durante todo o dia no jardim da escola, por conta da falta de professores na sala de aula. De acordo com um professor, “o quadro de professores é muito bom, porém, a direção faz ‘arrumadinhos’ para favorecer amigos. Professores negociam com a direção para fazerem troca de turnos por conta de darem aulas em outras instituições. É cobrindo um santo e descobrindo outro”.

A evasão escolar é notável. Dos quase quatro mil alunos, pouco mais de mil ainda fazem parte da escola que não oferece mais estrutura educacional.

Quando o assunto é esporte, é vergonhoso fazer comparações com o passado. A piscina está fechada por conta da falta de manutenção, o ginásio não oferece condições de abrigar eventos. Um aluno, que prefere não ter o nome revelado, diz que há dois anos a direção não realiza eventos que influenciem a prática esportiva. “Não existem mais jogos internos, os torneios de futsal acabaram e até no torneio de xadrez deram fim”, denuncia.

O Colégio Humberto Mendes vive certamente um inferno astral provocado pela incompetência de uma administração nebulosa. No entanto, a comunidade escolar tem a oportunidade de mudar esse quadro desastroso e devolver a coroa de imperador ao “Gigante do Asfalto”. Nesta terça-feira (07) haverá nova eleição para diretor, onde serão escolhidas as pessoas que irão traçar o destino do Colégio nos próximos dois anos.

 

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