Pelo menos uma tonelada e meia de tilápia e tambaquis vivos, provenientes dos cultivos do Programa Alagoas Mais Peixe dos municípios de Junqueiro, Rio Largo e Igreja Nova, foi a atração da Feira do Peixe Vivo, organizada pela Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq), que aconteceu na última semana, no Parque da Pecuária. O secretário Regis Cavalcante afirmou que as próximas edições devem acontecer na primeira ou última sexta-feira de cada mês.


A comercialização incluiu oito tipos de peixes marinhos, vindos da colônia do trapiche da barra, totalizando ao menos duas toneladas do alimento; a novidade do filé da carne e moqueca do jacaré, perfazendo 100 quilos, oriundos do cultivo Mr. Crocco, na região de Fernão Velho, em Maceió. Também foram comercializados mais de 70 quilos de bolinho e filé de tilápia, do cultivo do Alagoas Mais Peixe, em Palmeira Alta, no município de Penedo; uma tonelada de quatro tipos de camarão, entre barba roxa, rosa, branco e o filé do espigão, de Piaçabuçu.

Também estavam expostas à venda ostras depuradas dos municípios de Coruripe e Barra de São Miguel; além do sururu da Lagoa Mundaú e meia tonelada de condimentos e verduras. Para Regis Cavalcante, a experiência foi positiva, sobretudo porque teve um fato novo. “Ter uma oferta de comercialização de pescado com produtos que vieram direto dos produtores, sem atravessadores, chamou a atenção dos consumidores, tornando grande a procura. Quem não quer escolher o peixe ainda vivo, literalmente fresco?”.
O secretário reconheceu que, por ser a primeira edição, alguns aspectos precisam ser aperfeiçoados, a exemplo da logística, que resultará em mais oferta para o consumidor e mais venda para o produtor. “Vendemos pouco, mas o faturamento dos produtores ficou na casa dos R$ 55 mil. Como foi a primeira, foi um experimento. Se tivéssemos o dobro de peixe, venderíamos. A equipe Sepaq trabalhou até quinta-feira santa e a procura foi bastante significativa”.
Segundo ele, no último dia da feira foi montada uma estrutura de ferro para organizar as filas e a distribuição de senhas, além de estipular uma quantidade máxima de peixes por comprador, que foi de cinco quilos, por causa da grande procura pelos peixes. Para o superintendente de comercialização da Sepaq, Edson Maruta, o evento superou todas as expectativas e avisa que, nas próximas edições, a estrutura será ainda melhor.
“Sabemos que há carência de uma feira boa e bem aparelhada no segmento, e nós, enquanto governo, queremos dar continuidade à Feira do Peixe Vivo, para que inicialmente, seja mensal, com ainda mais estrutura, diversificação de produtos e a mesma limpeza e higienização”, reforçou o secretário.