Um dos homens mais poderosos em um passado recente, Leopoldo morreu na sexta-feira, dia 8, aos 72 anos. Leopoldo Collor de Mello era o irmão mais velho do ex-presidente e atual senador Fernando Collor.
Na época em que o irmão estava na presidência da República, Leopoldo talvez só tivesse tido menos poder do que o próprio presidente e seu primeiro-amigo PC Farias. Nas proximidades do Governo, sua palavra era lei.
Na campanha pela corrida à presidência, foi Leopoldo quem levou Miriam Cordeiro, mãe de uma filha de Lula, para a TV para revelar que o então adversário de Collor havia tentado convencê-la a abortar.
Depois do impeachment de Collor, os irmãos se afastaram. Collor ficou na política. Leopoldo, em casa, com a esposa e três filhos. A fortuna que se atribuía a ele evaporou-se.
Com câncer, Leopoldo foi tratado no hospital público, o excelente A. C. Camargo. O primeiro político alagoano a saber da morte do Leopoldo, foi o senador Benedito de Lira (PP) que se preparava para retornar a Brasília depois de participar da inauguração do primeiro trecho de 65 Km do Canal do Sertão com a presidente Dilma e o governador Teotonio Vilela. Lira foi informado pelo assessor de imprensa, jornalista Arthur Gondim.
Em Brasília, o meio político do Congresso Nacional ficou horrorizado com o fato de o Jornal Gazeta de Alagoas, não ter dado uma nota sequer sobre a morte de Leopoldo.
Leopoldo foi diretor da Organização Arnon de Mello entre 1968 a 1970. Filho mais velho do fundador da OAM, senador Arnon de Mello, Leopoldo foi diretor da Rede Globo em Recife e depois em São Paulo.
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