O reajuste da gasolina de 6,6% e do óleo diesel de 5,4%, ainda não foi constatado e sentido claramente pelo consumidor. Mas, o fato deste aumento significar quase R$ 0,15 por litro, já faz com que o consumidor reclame e mude hábitos para economizar na hora de reabastecer seus veículos.
Em nota, a Petrobras afirmou que o reajuste tem como objetivo alinhar os preços da gasolina e do óleo diesel aos valores praticados no mercado internacional. Mas especialistas do setor dizem que o aumento, que começou a valer na quarta-feira, ainda não é capaz de corrigir a defasagem no preço desses produtos.
Se servir de alento para o consumidor, este reajuste chegará de forma total nas distribuidoras e com um percentual menor para o consumidor, atingindo a casa dos 4% na gasolina e 3% óleo diesel, tendo em vista que o principal componente destes combustíveis, o álcool, não teve aumento.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL), Carlos Henrique Toledo, este aumento pode atingir estes R$ 0,15 de acréscimo, mas que cada caso depende da distribuidora. “Varia muito com relação à distribuidora. Eles recebem com o reajuste total, mas tem a questão dos aditivos e a partir daí repassam com seus valores, mas não deve fugir desta realidade e deste aumento”, disse.
Segundo Carlos Henrique, este reajuste é normal, tendo em vista que o último aumento, em junho de 2012, não foi sentido pelo consumidor, já que o governo repassou o aumento para as distribuidoras, mas reduziu em impostos para os proprietários de veículos.
Independente do reflexo que este reajuste venha representar, consumidores já tomam as primeiras atitudes para não sentirem o “peso” no bolso. A comerciante Karinne Almeida, que mora em Maceió, mas tem um estabelecimento no povoado do Francês, cidade de Marechal Deodoro, gasta em média R$ 1.100 por mês, se calculado o gasto com o próprio carro e do esposo.
“O carro do meu esposo gasta mais porque é um veículo grande, em média R$ 200 por semana e o meu chega a R$ 300 por mês. É um gasto muito alto e estamos adquirindo uma moto para economizar. Normalmente vamos usar a moto e quando precisarmos, vamos de carro”, disse.
Calculando os gastos mensais com combustível a comerciante afirma que poderia dar entrada em outro veículo. “Lógico que não podemos prescindir de um carro, mas o gasto que estamos tendo, podemos pagar a prestação de um novo ou até o pagamento de outros gastos”, finalizou.