Gilvanete Rosendo da Silva, 40, faleceu no início da noite desta terça-feira (29), após sofrer uma parada cardíaca. Ela estava internada no Hospital Universitário (HU), dia 07 de janeiro, após ter sido agredida pelo marido com uma barra de ferro. Segundo o HU, o quadro de saúde da paciente piorou nesta manhã quando ela sofreu a primeira parada cardíaca.
Gilvanete foi agredida pelo marido no dia 6 de janeiro, no município de Limoeiro de Anadia. Ela foi socorrida e encaminhada a Unidade de Emergência do Agreste e no dia seguinte transferida para o HU. No quarto dia de sua internação, os médicos realizaram uma cesariana. Após dar a luz a uma menina, a mulher foi encaminhada para a UTI do Hospital.
A mulher que já era mãe de quatro filhos teve agora uma menina, que passa bem. A bebê já deveria ter recebido alta, mas os médicos preferiram que ela permanecesse interna por mais alguns dias para ganhar peso. A situação das crianças é complicada já que o pai, Adriano Silva Rodrigues, 22, está preso na Casa de Custódia, no município de Arapiraca, e a tia procurou o conselho tutelar por não ter condições de cuidar deles.
Secretaria da Mulher lamenta morte de vítima de violência doméstica
A secretária de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, lamentou nesta terça-feira (29) a morte da dona de casa Gilvanete Rosendo da Silva, 40 anos, agredida pelo marido em Limoeiro do Anadia. A vitíma de violência doméstica estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário.
Katia Born, que desde o início se mostrou preocupada, disse que Gilvanete Rosendo da Silva se tornou uma espécie de marte pela forma “covarde como” foi agredida pelo seu companheiro. A secretária entende que o caso não pode ficar impune e garante que envidar todos os esforços no sentido de que o agressor seja punido na forma da lei.
Born, que está em Brasília tratando de assuntos ligados à pasta, informou que levar o caso de Gilvanete ao conhecimento da ministra chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria dos Rosário Nunes. Por fim, Born revelou que participará no próximo dia 5 do ato público em desagravo a Gilvanete Rosendo da Silva, o qual ocorrerá em Limoeiro de Anadia.
Recomendação
A Secretaria da Mulher, por meio da Superintendência de Políticas para as Mulheres, diante de mais um caso de violência, volta alertar a todas as mulheres e a população em geral para que denunciem através do disque 180.
Instituída em 7 de agosto de 2006, a Lei Maria Da Penha recebeu este nome em homenagem à farmacêutica e bioquímica cearense Maria da Penha Fernandes, em consequência de sua luta pela condenação do ex-marido, que a deixou paraplégica em consequência de um tiro. Com a instituição da Lei 11.340, o governo brasileiro concedeu às mulheres importante mecanismo de proteção, imputando sanção penal aos acusados de
violência doméstica.