Completando três décadas da sua fundação, o bloco carnavalesco “Filhinhos da Mamãe” ainda preserva o compromisso que assumiu de reanimar o carnaval de rua da capital alagoana. Desde então, o bloco abriu as festividades momescas pelas ruas da capital, preenchendo a lacuna aberta pela ausência dos antigos banhos de mar à fantasia. A iniciativa surgiu da Associação Teatral das Alagoas (ATA) e da Cia. Teatral Comédia Alagoense.
Como já é tradição no pré-carnaval de Maceió, o Museu Théo Brandão abre seus portões para que a “mamãe” receba seus “filhinhos”. O bloco fará seu desfile na noite de sexta-feira, 01, com um tributo ao saudoso Rei Momo Setton Meto, o qual traz como tema “Nos 30 anos de frevo, encantamento e paz da dinastia cênica-comediosa, artística e divinamente divertida no bloco Filhinhos da Mamãe, jorram pérolas de alegria em homenagem a majestade do saudíssimo Rei Momo Setton Meto”.
A concentração começa às 20h no pátio do museu com a cantora Vânia Garcia. Logo após o “esquenta” começará o concurso de fantasias com a entrega dos troféus “Folião Pedro Tarzan” aos 1º, 2º e 3º lugares de melhor fantasia. Em seguida, o novo bloco carnavalesco “Ambev Folia”, que é formado por amigos e funcionários da empresa, será batizado. Nesse compasso, acontecerá o encontro de vários outros blocos que se agregam ao desfile de Mamãe, como o “Vacas Profanas” e o “Filhas de Lilita”.
São também presenças confirmadas o “Boi Dragão Lajense”, de São José da Laje, o maracatu da “A corte de Airá do Babalorixá Elias” e o balé folclórico do grupo “Transart”.
Apoteose momesca
O democrático cortejo dos Filhinhos de Mamãe será animado pelos músicos da Sociedade Filarmônica Santa Cecília, de Marechal Deodoro, e pela orquestra de frevo Temperado, regida pelo maestro Rocha, da cidade de Penedo.
O percurso do arrastão de foliões é o mesmo dos anos anteriores. Depois de sair do Théo Brandão, Mamãe e suas centenas de filhinhos invadem a Avenida da Paz e, em seguida, percorrem a extensa Rua Sá e Albuquerque, com parada obrigatória nas escadarias do Palácio do Comércio, local onde acontece a tradicional apoteose.
De lá, seguem para a Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo, próximo a Praça Dois Leões, última parada do bloco. “É um bloco que sempre se manteve acessível à participação de todos sem discriminação de classe social, gênero ou cor. Para participar do bloco basta ao interessado ter muita animação”, diz o ator Ronaldo de Andrade, um dos fundadores dos Filhinhos.