O prefeito de Estrela de Alagoas, Arlindo Garrote, se entregou na manhã desta sexta-feira (25), na sede do Tribunal de Justiça de Alagoas. Ele chegou ao judiciário acompanhado de seu advogado, Henrique Mousinho, e deixou o local com policiais civis. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do órgão. O vice-prefeito José Teixeira, que durante as fraudes ocupava o cargo de secretário de Abastecimento e Desenvolvimento Econômico do município, também se apresentou.
Arlindo Garrote, que é acusado de participar de fraude em licitações, se apresentou ao juiz Diógenes Tenório, auxiliar da Presidência, e recebeu voz de prisão. A assessoria da Polícia Civil de Alagoas disse que o prefeito segue para a sede da Delegacia Geral da PC, no bairro de Jacarecica, onde prestará depoimento e por decisão da Justiça, ele será levado para o quartel do Corpo de Bombeiros, no Trapiche da Barra.
Ontem, três ex-secretários municipais de Estrela de Alagoas, cidade localizada no Agreste alagoano, se entregaram à polícia. Eles já eram considerados foragidos da justiça após terem a prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) sob acusação de desviar cerca de R$ 1 milhão dos cofres públicos.
Washington Laurentino dos Santos, ex-secretário de Administração e Finanças, Marcos André Barbosa, ex-secretário Municipal de Saúde, e Djalma Lira de Jesus, ex-secretário de Urbanismo, Serviços Públicos e Meio Ambiente, se apresentaram por volta das 21h na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, em Maceió.
Outra acusada de fraudar licitações em obras públicas é a ex-prefeita do município, Ângela Garrote, que já está presa desde a última quarta-feira (23), quando a prisão foi decretada.
O chefe do Poder Executivo é acusado de ser o líder de uma organização criminosa que desviara quase R$ 1 milhão dos cofres públicos. Com base nas acusações apontadas pela Procuradoria-Geral de Justiça foram pedidas as prisões de todos os envolvidos no esquema e, atendendo à solicitação do MPE, a presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas expediu os mandados de prisão.
As investigações são relativas aos anos de 2009, 2010 e 2011 e se referem a fraudes em processos licitatórios para obras que deveriam ter sido executadas para ampliação e melhoramento da infraestrutura da rede viária, da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Obras, Viação e Urbanismo e Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente.