Dilma Roussef estará em Alagoas na primeira quinzena de fevereiro, em uma visita que foi adiada a pedido de outro alagoano, o senador Renan Calheiros, que conta com o empenho pessoal da presidente para sua eleição a presidência no Senado.

Mas em Alagoas a presidente terá que conviver com o forte assédio de dois políticos que armaram suas estratégias para aproveitar “politicamente” esta visita, o governador Teotônio Vilela Filho, do PSDB e o senador Fernando Collor de Mello, do PTB.

Téo e Collor devem se enfrentar no próximo ano para uma vaga no Senado e estão em guerra declarada, mas o que todos os dois sabem, é que a popularidade de Dilma em Alagoas é enorme, e que qualquer movimento de oposição a presidente não será bem visto por estes lados.

Sabendo disto, o governador Teotônio Vilela, contrariando seu partido, viajou para Brasília para prestar apoio ao ex-presidente Lula e Dilma , nas acusações contra o mensalão.

O movimento “político” que busca diminuir a aproximação de Collor e Dilma, causou irritação entre tucanos de todo o Brasil que classificaram a atitude do governador nos piores termos possíveis fazendo com que Téo perdesse espaço no partido nacionalmente.

Por sua vez Collor, se articula com prefeitos , para liderar um movimento em prol da luta contra a seca no Estado. Aliados de Collor também preparam denúncias contra o governador em uma suposta compra de sementes super faturadas com verbas destinadas ao combate a seca.

Tirando o lado político da visita, o motivo oficial da viagem de Dilma ao Sertão, a inauguração de 65 km do interminável Canal do Sertão deve também ser disputa entre Téo e Collor.

A equipe do governador já avisa que foi na gestão de Téo que saiu a execução do primeiro trecho da obra, enquanto a oposição dirá que a obra é 90% de responsabilidade do governo federal e que só foi possível graças a bancada de senadores de Alagoas.

A verdade é que tanto Téo, como Collor buscarão “aproveitar” cada espaço da visita de Dilma em Alagoas, que pelo visto, deverá ser muito “bem tratada” tanto pelos aliados como pelos “oposicionistas”.