Primeiro réu a prestar depoimento durante o julgamento, nesta terça-feira (15), Carlos Eduardo Souza voltou a negar ao juiz Geraldo Amorim qualquer envolvimento na morte do estudante universitário Fábio Acioli. Além de afirmar não conhecer o jovem, o acusado garantiu que no dia do crime estava bem longe de Maceió.
O acusado contou que, juntamente com Wanderley Nascimento (também réu) e outras duas pessoas, trabalhava revendendo perfumes – produtos vindos de São Paulo – e morava numa residência alugada no município de Olho D’Água das Flores. A ideia para alugar uma casa em Maceió teria surgido devido ao ‘crescimento nos negócios’.
No entanto, ele afirmou ao magistrado que nunca tinha vindo à capital. Questionado por Geraldo Amorim sobre o porquê da escolha de alugar uma residência no Vale do Reginaldo, Carlos Eduardo explicou que não havia dinheiro para alugar outro imóvel, tampouco ficar hospedado num hotel em Maceió.
Carlos Eduardo disse em seu depoimento, de forma tranquila, ter provas de que no dia do crime não estava em Maceió. O réu disse que, em 09 de agosto de 2009, dois dias antes do sequestro de Fábio Acioli, estava em Paulo Afonso, onde buscaria mercadorias junto à distribuidora, fato que teria sido registrado pelas câmeras de segurança da empresa.
No mesmo dia, Carlos Eduardo teria machucado o braço num parque aquático e chegou a dar entrada num hospital para ser medicado. Já no dia 11 – quando aconteceu o crime – somente teria deixado a residência para ir ao hospital em Santana do Ipanema, retornando a Maceió apenas no dia 13.
Ele, por inúmeras vezes, alegou inocência e durante os questionamentos do promotor José Antônio Malta Marques, representante do Ministério Público no caso, relembrou que na reconstituição do crime, o funcionário público Cícero Rafael – uma das testemunhas do caso e que faleceu em novembro do ano passado vítima de um AVC – disse que não ter certeza de ele seria a pessoa que abordou Fábio Acioli em Cruz das Almas.










