O médico Talvane Albuquerque, condenado a 103 anos de prisão pela autoria intelectual da morte de Ceci Cunha, está trabalhando no Sistema Prisional de Alagoas. Talvane atende em todas as unidades prisionais, inclusive no Baldomero Cavalcanti, onde está preso desde o dia 19 de janeiro de 2012, quando o julgamento sobre o assassinato da deputada federal foi encerrado.

De acordo com a assessoria de comunicação da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap), o atendimento de Talvane como médico foi autorizado pelo juiz José Braga Neto, titular da Vara de Execuções Penais. Assim como outros reeducandos que trabalham nos presídios, Talvane recebe mensalmente R$ 508,50 (equivalente a três quartos do salário mínimo).

Além do salário, o médico terá a remissão de pena. A cada três dias trabalhados, um é reduzido da condenação de 103 anos em regime fechado.

A condenação

Talvane Albuquerque foi condenado a 23 anos e quatro meses por encomendar, contratar e financiar a morte da então deputada federal Ceci Cunha e a 26 anos e 8 meses, pela autoria de cada um dos assassinatos de Juvenal da Cunha, Iran Carlos Pureza e Ítala Pureza. Impondo o que é acordado pelo artigo 69, ele foi condenado cumulativamente a 103 anos e quatro meses de prisão, sendo cumprido em regime fechado.