Alagoas obteve destaques consideráveis na área produtiva e no setor industrial ao longo de 2012 e tem perspectivas promissoras para o próximo ano. A conjuntura atual do Estado é reflexo de uma política desenvolvimentista de sucesso, voltada para a obtenção de resultados, com incentivos governamentais bem definidos e infraestrutura voltada às necessidades do empreendedorismo de pequeno ou grande porte.

O grande destaque do ano foi a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP), que se consolidou após a inauguração de grandes empreendimentos. Em agosto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, a nova planta de PVC da Braskem no Estado iniciou sua produção. A unidade significa o maior investimento da história da empresa, com total de R$ 1,1 bilhão, e fez de Alagoas o maior produtor de Policloreto de Vinila (PVC) da América Latina.

A unidade fabril passou a gerar 460 mil toneladas de resina por ano e também é responsável por aumentar a capacidade produtiva de MVC, produto utilizado no processo de transformação do PVC. "Nova indústria para o Estado é sinônimo de geração de emprego, e a ampliação da empresa em Alagoas mobilizou uma grande parcela de mão de obra na área da construção civil. Foram 3,5 mil postos de trabalho criados, além de 500 empregos ofertados durante o início das operações", explicou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.

Em outubro, foi a vez da unidade industrial da Krona Tubos e Conexões iniciar suas operações. Terceira maior empresa do país neste setor, a fábrica é a primeira indústria de conexões do Nordeste e atende toda a demanda da Região. Sua construção representou um investimento de R$ 70 milhões na aquisição de equipamentos e obras de infraestrutura. A Krona também gerou 500 empregos diretos e indiretos nos processos de produção, acabamento, comercialização e distribuição dos materiais.

Luiz Otavio Gomes não mede elogios para o desempenho do setor químico-plástico e enfatiza o posto de referência que o segmento alcançou. “Já somos referência em todo o País e essa é mais um prova concreta de que o trabalho feito pelas instituições integrantes da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico é feito de forma proativa”, salientou.

Incentivos

Uma das principais ferramentas da atual gestão de Governo é o Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin). A concessão de incentivos nas modalidades creditício, locacional e fiscal é realizada depois dos pareceres das secretarias do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e da Fazenda serem encaminhados para o Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes).

De acordo com o secretário e presidente do Conedes, Luiz Otavio Gomes, para a política de atração de novos empreendimentos implantada pelo Governo de Alagoas, garantir celeridade nesses processos é primordial. “Desde 2007, o segmento vive uma realidade diferente. O empresário recebe incentivos no prazo máximo de 60 dias, isso mostra o comprometimento que o governo atual tem com o desenvolvimento do potencial econômico do Estado de Alagoas”, enfatiza.

Outra grande indústria que anunciou a sua chegada ao Estado foi a GraalBio. A fábrica promete revolucionar o setor sucroenergético, com a produção de etanol de 2° geração a partir da palha e do bagaço da cana de açúcar, em uma unidade no município de São Miguel dos Campos.

Desenvolvimento Regional

Além da indústria, as iniciativas de Governo voltadas para a inclusão produtiva renderam bons frutos esse ano. O Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pela Seplande, em parceria com a Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas e o Sebrae, é responsável pela articulação de territórios dotados de alguma especialização produtiva e vem mudando a realidade de milhares de pequenos produtores do Estado.

A gestão do APL em Alagoas é considerada referência no Brasil. Segundo a diretora de APLs da Seplande, Fátima Aguiar, a presença de gestores e o bom relacionamento com as setoriais facilita o andamento do Programa. “Nem todos os Estados adotam a figura do gestor, mas nós consideramos fundamental a presença dele no auxílio da articulação dos territórios. Um bom planejamento faz a diferença na nossa atuação”, explica.

Uma das ações mais esperadas desse ano foi o início da fase de testes do sistema de rastreabilidade de ovinos no Sertão. Os primeiros técnicos capacitados para o manuseio do software, criado em cooperação entre a Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas, Sebrae/AL e a Coofadel, já visitaram algumas famílias, que devem somar 200 até o começo do próximo ano.

O software é o primeiro sistema de rastreabilidade de ovinos e caprinos do Brasil e foi desenvolvido especialmente para a cadeia alagoana. O monitoramento é feito através da identificação de brincos com código de barras que serão aplicados em cada animal. Com o artifício, produtores e técnicos podem acompanhar a vida do animal, verificando itens como peso, vacinas e corte para comercialização.

Esse ano também representou mudança nos APLs. Alguns deles reformularam seus cultivos, com o objetivo de abarcar cada vez mais especialidades. Os gestores dos APLs Fruticultura no Agreste e Fruticultura no Vale do Mundaú identificaram em suas localidades a incidência da produção de abacaxi, caju e banana, e passaram a planejar a integração desses produtores no Arranjo.

Desta forma, nota-se que o impacto da política voltada para o desenvolvimento do setor produtivo do Governo do Estado está refletido não só na análise de dados referentes aos números alcançados pela economia, como também na vida dos alagoanos. Os resultados são categóricos e demonstram um território diversificado, capaz de prospectar grandes indústrias e de promover o crescimento regional com trabalho qualificado e apoio às cadeias produtivas.