A prisão de Raphael Lima de Oliveira Silva foi mantida pelo juiz Ricardo Jorge Cavalcante, da Comarca de Coruripe. A promotoria tentou revogar a prisão do acusado, esta semana, alegando que Raphael é réu primário, ter residência fixa, bons antecedentes, e ter sido recentemente aprovado na primeira fase da Polícia Militar, e por isso seria possuidor do direito de ficar em liberdade.

Raphael é o principal acusado de matar as jovens Maria Eduarda e Cíntia Santos, na cidade de Coruripe. De acordo com o magistrado, a decisão que é contraria ao pedido do Ministério Público, é embasada de que o acusado também é apontado em outros crimes e tem contra ele um mandado de prisão. Além do assassinato das jovens, Raphael responde pelos crimes de tentativa de estupro e homicídio.

“Fui contrário ao parecer do Ministério Público por entender que houveram equívocos no pedido e ainda por ele responder a outros crimes”, destacou o magistrado. 

O acusado foi indiciado pelo assassinato das jovens. Os processos dos outros crimes tramitam normalmente na Justiça. Para a promotoria, a investigação do crime não evoluiu, além de não serem apresentados novos fatos que incriminassem Raphael Lima como autor do crime brutal contra as duas jovens. 

O Caso
Maria Eduarda e Cíntia Santos saíram de suas residências para ir à farmácia e não mais retornaram, no último dia 14. Elas foram vistas pela última vez nas imediações do Posto Liberal indo em direção ao Centro de Coruripe.

As amigas foram encontradas mortas no dia 19 deste mês dentro de uma mata localizada nas proximidades da Usina Guaxuma, no município de Coruripe.

Raphael Lima foi preso por duas vezes. A primeira logo depois do crime, conseguindo liberdade através de decisão judicial do desembargador Orlando Manso, mas retornou a prisão, dias depois, uma vez que era o principal acusado do crime.

Em agosto, o próprio Orlando Manso negou um pedido de "habeas corpus" produzido pelo advogado do acusado, Raimundo Palmeira. Desde então, o jurídico de Raphael Lima vem trabalhando em cima da inconsistência da investigação, para conseguir a sua liberdade.