Apesar dos resultados do Plano de Segurança Brasil mais seguro - Quem ama Alagoas Constrói a paz, o senador Fernando Collor de Melo (PTB) criticou as recentes ações de combate à criminalidade promovidas pelo Executivo e disse que o estado vive o clima de guerra civil. Ele apontou o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) como maior culpado e cobrou medidas urgentes que possibilitem os alagoanos a esperança de sonhar com dias melhores. As declarações foram dadas na manhã desta sexta-feira (30) no programa Cidadania apresentado pelo radialista França Moura. 

Na entrevista, o senador lamentou que o motorista da empresa São Francisco, Josicler Santos Galvão, 45, tenha tombado ao chão como mais uma vítima do ‘clima de guerra’ que assola o estado de Alagoas. “A violência em nosso estado chegou ao limite da indignação. Não é mais possível que a gente viva diante dessa triste realidade. Não tenha dúvida que o maior culpado é o governador do Estado. Ele deveria fazer algo para salvar os pais de famílias que estão morrendo inocentemente ”, colocou. 

O petebista engrossou às críticas a gestão da Secretaria de Estado de Defesa Social. Ele disse que o governador deveria colocar pessoas capacidades à frente da Pasta. “Chega de blá, blá, blá. Vamos dar um basta nessa violência. As pessoas saem às ruas e não sabem se retornam para suas casas. Os criminosos invadiram todas as áreas. Não há mais bairros nobres ou periferia. Basta andar por Alagoas é observar o resultado dos seis anos da gestão do senhor governador. As providências dele não estão dando certo. É preciso colocar pessoas realmente capacitadas à frente dessas pastas”, ponderou. 

O senador propôs uma reflexão sobre o tema segurança pública e disse que as declarações não são novas apesar da urgência em resolver à problemática. “Assinaram vários convênios, compram viaturas, armamentos e pergunto: a população se sente segura? A sensação de segurança aumentou? São perguntas que qualquer pessoa pode responder. A realidade não melhorou, ao contrário, piorou e muito”, frisou. 

Ainda na entrevista, Collor também fez duras críticas ao modelo de coleta de dados que o governo de Alagoas padronizou desde a implantação do Plano de Segurança. “Eles dizem que em São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados há mais assassinatos. Na verdade, cada um deveria se preocupar com a realidade local. Em Alagoas, eles festejam a redução das mortes em comparação com o ano anterior. Veja que coisa trágica. Os inocentes continuam morrendo e mesmo assim há festa. A violência desenfreada no estado acontece devido à incapacidade, incompetência e inapetência desse governador”, expôs, cobrando mais uma vez de Vilela uma mudança profunda em seu temperamento.

“Não há pulso firme no processo de condução da segurança pública. Bem sabemos do jeito do governador. Ele não é do tipo de pessoa que sai para o enfrentamento e que cobra respostas. Nunca se viu nada parecido com isso”, ressaltou o senador na entrevista. 

Drogas

O Projeto de Lei que trâmite em Brasília sobra à legalização do uso de drogas no Brasil foi duramente criticado por Collor. Ele adiantou que é a favor da discussão, mas fez questão de informar que é contrário ao PL. “Essa chaga precisa, essencialmente, ser reprimida em todo o país. A Polícia deve agir em no combate a esse mal que atinge vários estados. A porta de entrada nessa vida é pela maconha. Não precisamos de uma geração de zumbis”,finalizou.