Parece mais uma disputa municipal. Quem acompanha a eleição da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL) já percebeu que os candidatos investiram muito na campanha, saindo da esfera de uma mera disputa de categoria, principalmente, porque o cargo de presidente da OAB não tem salário, ou seja, ele não recebe a mais pela função.

Cinco nomes aparecem no pleito: Cláudia Amaral com o tema “Nossa Ordem é Outra”, Marcelo Brabo “Mais OAB”, Rachel Cabús “OAB para todos”, Welton Roberto, com o tema “Prerrogativa é a Ordem” e Tiago Bomfim “Renova OAB compromisso com o advogado”.

O sociólogo Jorge Vieira lembra que na eleição municipal em Maceió não houve uma disputa entre tantos candidatos. “Foi algo mais simples com ênfase a ficha limpa. Foi uma disputa totalmente despolarizada”, afirmou.

Eleição organizada

Ainda segundo o sociólogo, essa disputa para presidente da OAB sofreu influência da própria história, com disputas de lideranças contra a ditadura militar durante os a década de 60.

“Nós acompanhamos a ascensão do PT, então todo esse processo histórico interfere em qualquer processo eleitoral. Na OAB, mais especificamente, encontramos problemas internos que nem a própria ordem conseguiu reverter”, pontuou.

O sociólogo fala ainda que o processo eleitoral na OAB é essencial.

“É fundamental em defesa da liberdade da democracia. Acho que o fator principal que está chamando a atenção da sociedade é, sem dúvida, o investimento. Com carros plotados, comitês, chegam até a serem mais organizados que uma eleição para prefeito e vereador, isso se levarmos em conta que o cargo de presidente da OAB não é remunerado”, afirmou.