A juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que preside o júri popular onde Marcos Aparecido dos Santos - o Bola - é julgado por um assassinato em 2000, negou o segundo pedido de adiamento apresentado pela defesa do réu. Este seria o segundo adiamento do júri, que já tinha começado no dia 24 de outubro de 2012, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e foi remarcado para esta segunda.
Bola é acusado de matar o carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2000, no bairro São Joaquim, em Contagem. A sessão é presidida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri. A magistrada também é responsável pelo processo sobre o desparecimento e morte de Eliza Samudio.

O pedido de adiamento foi apresentado pela defesa de Bola, composta pelos advogados Fernando Magalhães, Ércio Quaresma e Zanone de Oliveira Júnior. Magalhães alegou, ainda na parte da manhã, que novos documentos foram anexados ao processo no dia 26 de outubro e ele foi intimado apenas no dia 31 de outubro. O advogado afirmou que a defesa não teve tempo de analisar os novos documentos.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro respondeu, dizendo que todos os documentos anexados eram de outros processos de Marcos Aparecido dos Santos, que já eram de conhecimento dos advogados e não precisavam ser analisados. Ele teria alegado ainda que os três advogados de defesa usaram de uma estratégia de troca de advogados para atrasar o julgamento. Quaresma disse que o direito de troca de advogados pelo réu é permitido.
No julgamento que começou nesta segunda-feira, serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa. Após a oitiva, será feito o interrogatório do acusado, e, em seguida, começam os debates orais.
O processo
O ex-policial foi reconhecido por testemunhas do crime depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no desaparecimento e assassinato de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Bola teria atirado contra Novelo, que estava dentro de um veículo, em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, já que o acusado e Novelo não se conheciam. Dados do processo revelam que Bola teria feito tocaia no local de trabalho da vítima, na tentativa de identificá-la. O ex-policial foi reconhecido pela irmã de Novelo, que presenciou o crime.